Crosslinking: como funciona o tratamento para ceratocone

O crosslinking é um dos tratamentos cirúrgicos para o ceratocone. Saiba mais sobre o procedimento e veja como ele funciona.

Crosslinking: como funciona o tratamento para ceratocone

O ceratocone é uma doença que acomete os olhos, mais precisamente a córnea. Essa membrana é uma das responsáveis por captar e formar a visão do indivíduo, e proteger a estrutura dos olhos.

Quando o ceratocone afeta essa estrutura, a parte central da córnea é pressionada para fora. Isso faz com que ela sofra um afinamento e fique com o formato semelhante ao de um cone.

Embora o ceratocone não tenha cura, ele possui alguns tratamentos que podem dar mais resistência à córnea e interromper a sua progressão para frente. Um deles é a cirurgia de crosslinking.

Nesta matéria, saiba mais sobre esse procedimento cirúrgico e entenda todos os detalhes sobre ele.

Como é a cirurgia de crosslinking

O crosslinking é uma cirurgia que tem como objetivo fortalecer a córnea. Como vimos na introdução, o ceratocone é uma doença que, à medida em que pressiona a córnea para fora do olho, ele também a deixa menos resistente e mais frágil.

O procedimento é considerado minimamente invasivo, e não exige anestesia geral ou sedação. A anestesia tópica, em forma de colírio, é suficiente.

Com o paciente já anestesiado e preparado, o oftalmologista faz uma pequena raspagem na superfície da córnea (no epitélio), e aplica um colírio à base de vitamina B2 (riboflavina).

Em seguida, o olho recebe um feixe de luz ultravioleta (laser), o que aumenta a resistência da córnea e a reforça.

A estrutura, ao receber o colírio e o laser, tem a união das fibras de colágeno estimulada, viabilizando o seu fortalecimento.

Vale saber que o crosslinking corneano tende a reduzir a progressão da doença. Normalmente, o procedimento tem duração de uma hora.

Recuperação e pós-operatório

Ao final do procedimento do crosslinking, o paciente recebe uma lente de contato terapêutica, que funciona como um curativo sobre a córnea raspada.

A lente deve permanecer no olho por, aproximadamente, sete dias, enquanto o epitélio que foi raspado cicatriza.

Durante o processo de cicatrização do epitélio, é comum que o paciente sinta desconforto, ardência, sensibilidade à luz e até dor. Para alívio desses sintomas, o oftalmologista pode prescrever colírios e analgésicos.

Além disso, o médico também pode indicar outros tipos de medicamentos, como colírios anti-inflamatórios, lubrificantes e antibióticos.

Nesta etapa, é de suma importância entender todas as orientações dadas pelo profissional, e segui-las corretamente.

O acompanhamento periódico com o médico oftalmologista também deve acontecer, antes e após a cirurgia de crosslinking.

Na maioria dos casos, a visão se estabiliza após 90 dias do procedimento, mas a recuperação do paciente pode ser em menos tempo.

Atenção: se você passou pela cirurgia de crosslinking e está com sintomas diferentes dos mencionados pelo seu oftalmologista, ou desconforto além do normal, procure ajuda oftalmológica imediatamente.

Quem pode passar pelo crosslinking

Para fazer a cirurgia reparadora do ceratocone, o paciente deve realizar uma consulta com médico oftalmologista.

O profissional solicitará a realização de alguns exames, necessários para identificar o nível da doença e descobrir qual o melhor tratamento.

De forma geral, não há restrição de idade ou demais problemas de saúde específicos que impeçam a cirurgia de crosslinking.

Apesar disso, a consulta com o médico oftalmologista é fundamental, tanto para ter a indicação do tratamento adequado, quanto para ter mais informações sobre o procedimento cirúrgico.

O ceratocone tem outros tratamentos?

Sim, além da cirurgia de crosslinking, o ceratocone possui outros tratamentos, menos ou mais invasivos.

Um deles é o uso de óculos de grau ou lentes de contato para aliviar os sintomas da doença – imagens borradas e com pouca nitidez. As lentes, no caso, podem ser rígidas ou esclerais.

Outros tratamentos são o implante do anel de Ferrara (também chamado de anel intracorneano ou intraestromal), e o transplante de córnea.

Clique aqui para saber mais sobre outras alternativas de tratamentos para o ceratocone.

É bom lembrar que, sem um tratamento que interrompa sua progressão, o ceratocone pode gerar ainda outros problemas oculares, dificultando ainda mais o desempenho de atividades do cotidiano.

Por isso, ao menor sinal, não deixe de procurar um oftalmologista e buscar o diagnóstico correto. Quanto mais cedo a doença for identificada, mais cedo o tratamento pode ser feito, de modo a comprometer menos a qualidade de vida e visão.

Quanto custa uma cirurgia de crosslinking

Os custos da cirurgia de ceratocone normalmente envolvem consulta pré-operatória, exames oftalmológicos, a cirurgia em si e as consultas pós-operatórias. O valor pode variar de acordo com a clínica escolhida, se são um ou dois olhos e a complexidade da cirurgia.

É importante saber que nem todo oftalmologista é cirurgião. Portanto, dê preferência a um cirurgião especializado em ceratocone.

Desde 2018, a cirurgia de ceratocone é coberta pelos convênios médicos. Entretanto, existem algumas restrições, como carência e cobertura contratual. Verifique com o seu plano de saúde as condições gerais para fazer o crosslinking.

Para ter acesso a preços mais acessíveis e a um tempo de espera reduzido, conte com a Central da Visão! Somos uma empresa que ajuda quem precisa operar ou tratar a visão a encontrar clínicas de excelência a preços mais acessíveis e condições facilitadas de pagamento.

Temos mais de 30 clínicas afiliadas em vários estados brasileiros. Dessa forma, auxiliamos pacientes que ficariam meses na fila do SUS a ter seu diagnóstico e tratamento o quanto antes.

Para saber mais e agendar sua consulta, clique aqui!

Importante!

Esse texto busca sensibilizar os pacientes a buscarem tratamento oftalmológico. Só o médico oftalmologista é capaz de diagnosticar e indicar os tratamentos e/ou cirurgias mais indicadas.
Texto revisado pela Dra. Bárbara Nazareth Parize Clemente, CRM SP: 169506, Título Especialista (RQE): 74181. Médica oftalmologista graduada pela Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde / PUC-SP, residência médica no Hospital de Olhos Aparecida, subespecialização pelo Instituto da Visão IPEPO.
Caso seja necessária alguma retificação desse conteúdo, por favor, entre em contato conosco pelo e-mail [email protected].

Copyright PagMed. Todos os direitos reservados.

Termos de Uso - Política de Privacidade - SAC Fale Conosco

Copyright PagMed. Todos os direitos reservados.

O site da Central da Visão é de propriedade da Pagmed Meios de Pagamento Especializados e Prestação de Serviços Administrativos Ltda. registrada sob o CNPJ 25.186.815/0001-38