A cirurgia de pterígio é a única forma definitiva de tratar a carne crescida no olho. Veja como ela é feita e conheça outros detalhes do procedimento.
A cirurgia de pterígio, ou exérese de pterígio, é o procedimento necessário para retirar a chamada “carne crescida”, outro nome para a doença.
O pterígio é uma membrana semelhante à conjuntiva (membrana que cobre a parte branca do olho) que cresce do canto interno do olho, próximo ao nariz, em direção ao centro. É muito comum no Brasil, sobretudo nas regiões nordeste e em áreas litorâneas.
Embora o pterígio seja uma lesão benigna, ele pode crescer e atingir a córnea, afetando a visão do paciente. Dessa maneira, o tratamento é fundamental para evitar que a visão seja comprometida.
Nesta matéria, saiba mais sobre a cirurgia de pterígio, conheça os outros tratamentos e veja como conseguir realizar a cirurgia a preços mais acessíveis.
Como é feita a cirurgia de pterígio?
De forma geral, a cirurgia de pterígio consiste na retirada da pele crescida do olho, após a aplicação da anestesia.
O procedimento pode ser feito de duas maneiras diferentes:
Cirurgia simples: a cirurgia simples consiste na retirada do pterígio sem cobrir a área afetada, deixando que ela se recupere sozinha com o tempo.
Este não é o tipo de cirurgia mais indicado, já que, com a área afetada desprotegida, é mais fácil ocorrer infecções pós-operatórias. Além disso, a chance da carne crescer novamente é maior – o chamado “pterígio recidivado”. O índice de volta é de 50%.
Cirurgia com transplante de tecido: neste tipo de cirurgia, o pterígio é retirado e a área afetada é coberta por um transplante, que pode ser com conjuntiva ou com membrana amniótica, vinda de uma placenta.
O fato desta membrana possuir qualidades anti-inflamatórias e antibióticas faz com que o olho aceite o transplante sem maiores complicações. Além disso, o transplante, antes feito com pontos, hoje é feito com uma cola específica.
Os dois tipos de cirurgia são feitos com anestesia local com colírio ou gel analgésico. Após o processo cirúrgico, é colocada uma lente de contato terapêutica que serve como curativo, geralmente retirada no dia seguinte.
Há ainda outros tratamentos que não solucionam o problema do pterígio por completo, mas aliviam os sintomas e interrompem o crescimento da membrana, quando ainda em estágio inicial.
A aplicação de colírios anti-inflamatórios e artificiais, como as lágrimas artificiais, é indicada para tratar a pele formada e hidratar o olho, evitando que ele fique ressecado e piore a condição do pterígio.
Por que fazer a cirurgia?
A exérese de pterígio é recomendada quando a doença cresce o suficiente para chegar à córnea. Quando isso acontece, a visão do paciente acaba sendo prejudicada, pois a córnea acaba perdendo sua transparência ou tendo sua curvatura alterada.
A córnea é uma membrana que fica antes da íris, cobrindo-a. Por ser transparente, permite que a luz chegue até a íris de forma completa, formando a imagem perfeita da visão.
Quando o pterígio atinge a córnea de modo a cobri-la, ele compromete sua transparência, pois possui vasos sanguíneos, assim como a conjuntiva. Uma vez que a córnea perde sua transparência, a visão fica embaçada.
Por outro lado, ele também pode alterar a curvatura da córnea, causando dificuldade para focalizar objetos de longe e perto – que é o famoso astigmatismo.
Outra situação em que a cirurgia de pterígio é recomendada é quando o paciente sente muito incômodo com os sintomas (muita coceira e irritação ocular), ou pela questão estética. Muitas vezes, a vermelhidão nos olhos chama a atenção de outras pessoas, causando certo desconforto para o paciente.
Quais são os riscos da cirurgia de pterígio?
O principal risco da cirurgia de pterígio é a volta da doença, que é o pterígio recidivado. O índice de volta é alto, principalmente quando a área afetada não é coberta na cirurgia.
Já quando o procedimento é feito com a técnica de remoção com transplante, as chances de retorno são menores. Na maioria dos casos, a volta acontece nos primeiros 12 meses após a cirurgia, e não se repete após a segunda cirurgia de remoção.
Outros riscos são a perfuração da esclera, a parte branca do olho, e a má cicatrização da córnea. Por essa razão, é importante escolher um cirurgião com experiência em pterígio.
Como é a recuperação da cirurgia?
A recuperação da cirurgia de pterígio normalmente é rápida, levando de sete a dez dias para que o paciente retorne à sua rotina de trabalho. Já para voltar à prática de exercícios físicos e atividades mais intensas, é recomendado aguardar até 30 dias.
É importante seguir todas as prescrições médicas, como ficar em repouso nos dois primeiros dias e se atentar com a medicação. Também é preciso proteger os olhos da luminosidade, vento e sujeira, e do contato com qualquer coisa, inclusive as mãos.
Além disso, é possível que haja um desconforto no olho operado nos primeiros dias, como sensação de corpo estranho, o que é normal por conta do transplante realizado. Com o tempo, o incômodo passa.
Veja esta matéria para saber mais detalhes sobre a recuperação e o pós-operatório da exérese de pterígio.
O que causa o pterígio?
A causa do pterígio, embora ainda não esteja completamente esclarecida, é relacionada a fatores ambientais, como contato intenso de raios solares, ventos e poluição com os olhos, ou também à hereditariedade.
Pessoas que correm mais riscos de desenvolver a doença geralmente trabalham ou permanecem muito tempo ao ar livre, expostas a todos esses fatores e sem a devida proteção.
Pterígio pode cegar?
É difícil uma pessoa ficar cega em razão do pterígio. Todavia, toda atenção é necessária.
Quanto mais avança o pterígio, mais prejuízo ele pode provocar à córnea. No caso, ele pode alterar a curvatura da córnea ou a sua transparência, deixando-a opaca.
A partir disso, o paciente pode desenvolver astigmatismo ou hipermetropia. No caso, o grau vai aumentando, atrapalhando muito a visão. Pode acontecer, ainda, que apenas um olho seja acometido pela carne crescida. Sem o tratamento adequado, apenas um olho terá a dificuldade de visão, com um alto grau.
Já no caso da perda da transparência, a visão pode ficar embaçada. A condição que deixa marcas opacas na córnea e dificulta a visão se chama “leucoma”.
É possível prevenir a doença?
Sim, há algumas práticas que podem contribuir para que o olho permaneça saudável e não desenvolva o pterígio.
A proteção aos olhos é fundamental para evitar o pterígio e sua recidiva, principalmente se o paciente costuma passar muito tempo ao ar livre, expostos aos raios solares, vento e poluição.
Deve-se utilizar chapéus ou bonés e óculos escuros de boa qualidade – os de má qualidade não protegem o suficiente dos raios UVA e UVB.
Em demais situações nas quais os olhos podem estar expostos a estes fatores, como andar de moto ou bicicleta, ou ainda fazer uma faxina em um ambiente que tenha muita poeira, o uso de óculos especiais também é recomendado.
Quais os sintomas do pterígio?
Os sintomas do pterígio geralmente são irritação ocular, coceira, sensação de areia nos olhos, lacrimejamento, ardor, vermelhidão, fotofobia (sensibilidade à luz).
Além disso, ele também pode causar certo incômodo estético, visto que os olhos vermelhos chamam a atenção das pessoas ao redor.
Se você tem qualquer desses sintomas agende uma consulta com o médico oftalmologista. Ele é o profissional indicado para diagnosticar e indicar o tratamento correto de pterígio.
Onde realizar uma cirurgia de pterígio a preços mais acessíveis?
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Importante!
Esse texto busca sensibilizar os pacientes a buscarem tratamento oftalmológico. Só o médico oftalmologista é capaz de diagnosticar e indicar os tratamentos e/ou cirurgias mais indicadas.
Texto revisado pela Dra.Bárbara Nazareth Parize Clemente, CRM SP: 169506, Título Especialista (RQE): 74181. Médica oftalmologista graduada pela Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde / PUC-SP, residência médica no Hospital de Olhos Aparecida, subespecialização pelo Instituto da Visão IPEPO.
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