A miopia é um erro refrativo e faz com que o paciente tenha dificuldade para ver de longe. Veja aqui tudo o que você precisa saber sobre ela!
A miopia é um dos erros refrativos que podem atingir os olhos humanos, tendo como principal característica a dificuldade para enxergar de longe. Isso pode estar ligado principalmente a dois fatores: um olho mais alongado ou uma córnea muito encurvada.
Normalmente, a condição está ligada à hereditariedade e pode progredir durante a adolescência, que é o período de crescimento do indivíduo. Assim, o grau costuma estabilizar após os 21 anos de idade. A seguir, veja tudo o que você precisa saber sobre a miopia!
O que é miopia?
A miopia é um erro refrativo que faz com que o paciente tenha dificuldade para enxergar com nitidez objetos mais distantes. A sua causa está ligada ao formato do olho, que pode ser mais curvo ou mais alongado que o normal.
Na figura acima é possível entender como a luz refletida nos objetos chega à retina, que é a estrutura do olho responsável pela formação da imagem. O olho com formato adequado (como deve ser) recebe a luz e a projeta exatamente na retina, permitindo a formação de uma imagem também nítida.
Nos olhos do míope, a luz é focalizada antes de atingir a retina, fazendo com que a imagem transmitida ao cérebro seja turva e distorcida.
Quais são os sintomas?
O paciente míope possui dificuldades para enxergar com nitidez objetos mais distantes, tendo visão embaçada nessas condições. Esse é o principal sintoma.
No entanto, ainda é possível sentir outras coisas, como:
- Dor de cabeça
- Vista cansada
- Tontura
Além disso, os pacientes também podem ter o hábito de “forçar a vista”, fechando um pouco os olhos para conseguir enxergar melhor.
Especialmente na infância, a miopia pode causar redução de atenção e dificuldades na escola – o que pode influenciar a queda de notas. Também é comum que crianças que tenham algum grau de miopia pisquem mais e esfreguem os olhos com certa frequência.
Miopia tem cura? Quais são os tratamentos?
Não, a miopia não tem cura. No entanto, é possível modificar a curvatura da córnea, resolvendo total ou parcialmente o problema, a depender de cada caso.
A solução mais frequente para a miopia é o uso de óculos de grau ou de lentes de contato. Na prática, as lentes geram desvios nos raios de luz que chegam aos olhos, fazendo com que o foco chegue à retina, como deve acontecer.
Vale ressaltar que isso não corrige o problema em si, mas sim os sintomas do erro refrativo. O uso de óculos ou lentes de contato não altera a anatomia do olho, mas corrige o caminho que a luz faz ao chegar à retina, influenciando na formação e transmissão da imagem para o cérebro.
Outra solução que também pode ser prescrita pelos oftalmologistas especialistas é a cirurgia de miopia, chamada também de cirurgia refrativa. A intervenção cirúrgica pode ser indicada de acordo com o caso do paciente, especialmente se o grau já estiver estabilizado.
Como funciona a cirurgia de miopia?
Existem dois tipos mais comuns de cirurgia refrativa: a PRK e a LASIK. Ambas funcionam da mesma maneira, basicamente, porém, aplicam técnicas diferentes.
Os procedimentos consistem na correção da curvatura da córnea, a lente que fica na parte da frente do olho. Assim, a luz consegue se projetar adequadamente na retina, sem o auxílio de lentes corretivas (a depender do grau de miopia e do caso do paciente).
Você pode saber mais sobre os diferentes tipos de cirurgia refrativa nesta matéria.
Com quantos graus pode fazer cirurgia refrativa?
A resposta para essa pergunta vai depender diretamente do caso de cada paciente. Isso porque, além da miopia, ainda existem outras condições que têm seu peso na hora da indicação da cirurgia pelo médico oftalmologista, como a espessura da córnea.
Normalmente, é importante que o grau esteja estabilizado já há algum tempo, para reduzir as chances de ressurgimento do problema após o procedimento cirúrgico.
Sendo assim, para saber se você pode ou não fazer a cirurgia, é preciso comparecer a uma consulta com um oftalmologista (de preferência em um especialista em cirurgia refrativa) para ter uma avaliação. Apenas um profissional da área poderá dizer se o procedimento é a melhor indicação para o seu caso.
Qual a diferença entre miopia, astigmatismo e hipermetropia?
Assim como a miopia, o astigmatismo e a hipermetropia também são erros refrativos.
A miopia, como vimos, acontece quando alterações na anatomia do olho do paciente fazem com que o foco de luz forme a imagem antes de chegar à retina. O principal sintoma é a dificuldade em enxergar objetos mais distantes.
A hipermetropia, por sua vez, é a condição contrária – o olho do paciente é mais curto que o normal. O foco de luz ultrapassa a retina e se foca atrás dela, gerando dificuldade para enxergar objetos mais próximos.
Já no astigmatismo, a curvatura da córnea é irregular e ovalada, o que faz com que haja desvios diversos nos raios de luz que passam pelo olho. Dessa forma, não há apenas um foco de luz, mas vários que podem chegar à frente ou atrás da retina.
O principal sintoma é a visão distorcida e embaçada, tanto para objetos distantes como para objetos mais próximos.
O astigmatismo pode coexistir com a miopia ou com a hipermetropia, sendo também possível corrigi-lo de maneira cirúrgica.
Embora sejam erros refrativos diferentes, os três têm o tratamento em comum: uso de óculos ou de lentes de contato, além da possibilidade de indicação da cirurgia refrativa.
Quero fazer uma cirurgia refrativa
Fazer a cirurgia de miopia para corrigir o grau é o desejo de muitos pacientes. No entanto, para isso, é essencial ter a indicação de um oftalmologista especialista. Apenas um profissional pode avaliar o seu caso e saber se o procedimento cirúrgico é o melhor tratamento para você.
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Importante!
Esse texto busca sensibilizar os pacientes a buscarem tratamento oftalmológico. Só o médico oftalmologista é capaz de diagnosticar e indicar os tratamentos e/ou cirurgias mais indicadas.
Texto revisado pelo Dr. Mateus Lial Matuoka, CRM 163.329, Título Especialista (RQE) 73.992. Médico oftalmologista graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa, residência médica e especialização em cirurgia de catarata na Santa Casa de Misericórdia.
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