Quais são os exames de vista mais comuns? Confira!

Os exames de vista mais comuns analisam as diferentes estruturas do olho e são fundamentais no diagnóstico de possíveis doenças. Saiba mais!

Quais são os exames de vista mais comuns? Confira!

Você sabe quais são os exames de vista mais pedidos pelos oftalmologistas? Cuidar da saúde dos olhos é fundamental, e, para isso, os médicos costumam indicar diferentes exames que veem as diferentes estruturas oculares.

Há exames rápidos, que são feitos na própria consulta oftalmológica de rotina, assim como há os mais complexos e que costumam analisar o olho de modo mais profundo.

Apesar disso, ambas as modalidades têm a mesma finalidade: verificar a condição ocular do paciente.

Considerando a importância que a visão tem na nossa vida, visitar o oftalmologista regularmente se torna uma necessidade.

Isso porque até mesmo os exames rápidos e de rotina podem diagnosticar possíveis problemas que, se tratados a tempo, não chegam a comprometer tanto a vista do paciente.

Sabendo disso, confira nessa matéria alguns dos exames de vista mais comuns e veja como eles são feitos.

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Os 10 exames de vista mais comuns

No meio oftalmológico, há uma série de exames de vista. A seguir, veja os dez que mais são pedidos e realizados pelos médicos.

1. Teste de acuidade visual ou teste de visão com letras

O teste de acuidade visual, conhecido também como teste de visão com letras, é um exame totalmente comum dentro dos consultórios oftalmológicos.

Consiste na leitura de um painel com letras de diferentes tamanhos, a partir de uma determinada distância.

Esse painel se chama Tabela de Snellen, em homenagem ao oftalmologista que a criou em 1862, Herman Snellen. Por isso, outro nome do exame é “Teste de Snellen”.

Tabela de Snellen

O objetivo do teste é verificar a acuidade visual do paciente, isto é, o quão nítido ele enxerga. No caso, o profissional deve observar se o examinado pode identificar contornos e cores, por exemplo. A partir disso, ele afirma se a sua visão é boa ou não.

O exame é bem simples e indolor. Além disso, cada olho é examinado individualmente. Portanto, o paciente deve cobrir um dos olhos e ler em voz alta as letras da tabela, de cima para baixo.

Sendo assim, quanto mais linhas o paciente conseguir ler, melhor será a sua acuidade visual.

O resultado é dado como “Visão 20/20” ou outras frações, como 20/15, 20/12, 20/10, entre outras. Isso porque o paciente, durante o exame, fica a 20 passos de distância do quadro com letras. Outro termo comum é Visão 6/6, já que 20 passos equivalem a seis metros.

2. Teste de daltonismo

O teste de daltonismo, também chamado de teste Ishihara ou exame de senso cromático, é relacionado à identificação de determinadas cores. Trata-se do principal teste para detectar o daltonismo, apesar de existirem outras opções.

Simples e indolor, o exame consiste na observação de cartões coloridos, com círculos de cores diferentes pontilhadas e com números dentro, como na imagem abaixo.

teste daltonismo

No caso, o paciente deve identificar os números no interior dos círculos.

3. Tomografia de coerência óptica (OCT)

Entre os exames de vista mais comuns, também está a tomografia de coerência óptica, mais conhecida como OCT (Optical Coherence Tomography). Com ela, o oftalmologista consegue obter imagens precisas, o que possibilita um diagnóstico mais assertivo.

O objetivo do OCT é examinar as estruturas de dentro do olho, desde as mais superficiais, como córnea, íris e cristalino, até as mais profundas, como retina, nervo óptico, coroide e vítreo. Assim, é possível identificar e diagnosticar diferentes doenças e problemas oculares.

O exame não é invasivo e nem causa dor. Com a pupila já dilatada com o auxílio de colírios, o paciente se senta em frente ao aparelho, apoia a testa e queixo nos lugares indicados e permanece imóvel.

Enquanto mantém o olhar fixo na luz reproduzida pelo equipamento, o médico pode examinar seu olho e captar as imagens necessárias.

oct

A tomografia de coerência óptica costuma ser indicada para diagnosticar doenças que afetam a retina e estruturas próximas, como retinopatia diabética, degeneração macular, glaucoma, entre outras.

4. Topografia de córnea

Também chamada de ceratoscopia, a topografia de córnea mede a forma e curvatura da córnea, sendo útil para identificar e acompanhar erros de refração como miopia, astigmatismo e hipermetropia.

O exame também é indicado para diagnóstico e controle do ceratocone, condição que afeta a curvatura da córnea, deixando-a com formato semelhante ao de um cone.

topografia de cornea

Assim como outros exames na nossa lista, a ceratoscopia é indolor. O paciente deve se sentar em frente ao topógrafo, apoiar a testa e queixo nos lugares indicados, e fixar o olhar em um ponto específico. O próprio aparelho tira as medidas da córnea.

5. Teste do olhinho

O teste do olhinho é feito nas primeiras semanas de vida dos recém-nascidos. Embora seja um exame simples e rápido, além de indolor, ele é fundamental para identificar possíveis doenças, permitindo que o tratamento seja feito o quanto antes.

O procedimento consiste na rápida observação dos olhos do bebê pelo médico, que utiliza um oftalmoscópio. Pelo aparelho, o oftalmologista ilumina os olhos do bebê e, assim, vê o reflexo da retina. Dessa forma, ele pode ter uma boa noção sobre as condições da córnea, do cristalino e do fundo de olho.

Dependendo da cor do reflexo, o médico pode pedir alguns exames complementares.

Em condições normais, o reflexo deve ser vermelho-alaranjado. Já se o reflexo for branco-acinzentado ou assimétrico, pode haver algum problema.

Algumas das doenças que podem ser indicadas neste exame são: catarata congênita, glaucoma congênito, tumores, erros de refração, entre outras.

É importante saber que algumas dessas doenças, como a catarata e o glaucoma, podem causar cegueira quando não tratadas.

Por isso, é fundamental que o teste do olhinho seja feito no tempo adequado, a fim de descartar qualquer possibilidade de problemas oculares ou, se for o caso, seguir com o tratamento.

6. Avaliação externa

A avaliação externa pode ser considerada o primeiro exame pelo qual o paciente passa em uma consulta oftalmológica.

Por meio dessa avaliação, o oftalmologista pode ver, mesmo que de forma superficial, a região externa dos olhos, assim como as pálpebras e os canais lacrimais.

Na existência de inchaço, vermelhidão, mudanças na lacrimação ou demais sintomas, o médico pode solicitar exames complementares, a fim de ter o diagnóstico definitivo.

7. Exame de refração

Este talvez seja um dos exames de vista mais populares. É fazendo o exame de refração que o médico verifica se o paciente possui erro de refração, o que faz com que a vista não seja perfeita – como é o caso da miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia.

Ou seja, para saber se há a necessidade de uso de óculos, é este exame que é solicitado.

Para realizar o exame, o médico responsável pode utilizar dois aparelhos diferentes. O primeiro é o autorrefrator, que identifica de forma automática o grau aproximado do olho.

Basta que o paciente se sente em frente ao aparelho, apoie sua testa e queixo nos locais apropriados, e fique parado, com o olhar fixo.

O refrator, por sua vez, é colocado na frente do rosto do paciente, que deve indicar quais letras aparecem na parede oposta, enquanto o médico troca as lentes do aparelho a cada resposta.

refrator

Dependendo do caso, o oftalmologista pode dilatar as pupilas do paciente com o auxílio de um colírio para ter um diagnóstico mais preciso.

8. Exame de fundo de olho

O exame de fundo de olho, fundoscopia ou oftalmoscopia indireta é mais um entre os exames de vista que avalia as estruturas do segmento posterior do olho, ou seja, do fundo.

Sendo assim, ele examina a retina, a mácula, os vasos centrais e o nervo óptico.

Com o oftalmoscópio – o aparelho utilizado no exame – o médico projeta raios de luz nos olhos examinados e, assim, consegue ver seu interior.

O objetivo do exame de fundo de olho é verificar com detalhes as estruturas da parte de trás do olho, a fim de identificar possíveis doenças, como glaucoma, hipertensão arterial, tumores oculares, degeneração macular, entre outras.

No caso, o profissional pode realizar a fundoscopia direta ou indireta.

Saiba mais sobre esse exame nesta matéria.

9. Teste ortóptico

Também chamado de exame de motilidade ocular, o teste ortóptico verifica os músculos (e suas inervações) relacionados à movimentação dos olhos, identificando possíveis alterações sensoriais e mecânicas.

Ele pode ser indicado no diagnóstico de doenças como estrabismo e paralisias, uma vez que observa o alinhamento dos olhos e a posição do olhar.

Neste caso, o profissional que realiza o teste geralmente é o ortoptista, a partir da recomendação de um oftalmologista.

Teste ortoptico

10. Campimetria

Por fim, a campimetria ou exame de campo visual é um dos exames de vista mais comuns, e tem como objetivo analisar a visão periférica do paciente.

Normalmente, o exame é solicitado quando há suspeita de glaucoma, especialmente se há histórico de pressão alta intraocular na família.

O profissional responsável pelo procedimento pode usar duas técnicas diferentes. A campimetria computadorizada, em geral, oferece um resultado mais preciso.

Nela, o paciente se senta em frente ao aparelho, apoia sua testa e queixo nos lugares apropriados, e fica com um controle remoto em uma das mãos.

Feito isso, ele deve manter seu olhar fixo em um foco de luz central, ao mesmo tempo em que o equipamento dispara outras luzes e sinais sonoros, em diferentes lugares e com diferentes intensidades.

Assim, ao perceber esses disparos, o paciente sinaliza com o controle remoto.

Já a campimetria manual implica que o próprio médico dê estímulos visuais para medir o campo visual do paciente. Você pode saber mais sobre esse exame nesta matéria.

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Onde realizar os exames de vista?

Entre os exames de vista mencionados na nossa lista, há os que são feitos no próprio consultório do médico oftalmologista, e há os que são feitos em outros ambientes – como o teste do olhinho, por exemplo, que pode ser feito por um pediatra.

Sendo assim, para fazer os exames, é preciso agendar uma consulta com um médico oftalmologista para ter a indicação. O próprio profissional poderá te informar onde o procedimento será realizado caso ele não seja feito na mesma hora e lugar.

Realizar exames de vista é fundamental, especialmente na apresentação de sintomas. Vale lembrar que quanto mais cedo o diagnóstico for dado, mais tempo o paciente tem para recorrer ao tratamento adequado e evitar que sua visão seja comprometida.

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Importante!

Esse texto busca sensibilizar os pacientes a buscarem tratamento oftalmológico. Só o médico oftalmologista é capaz de diagnosticar e indicar os tratamentos e/ou cirurgias mais indicadas.
Texto revisado pelo Dr. Mateus Lial Matuoka, CRM 163.329, Título Especialista (RQE) 73.992. Médico oftalmologista graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa, residência médica e especialização em cirurgia de catarata na Santa Casa de Misericórdia.
Caso seja necessária alguma retificação desse conteúdo, por favor, entre em contato conosco pelo e-mail [email protected].

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