A fotocoagulação a laser é um tipo de tratamento utilizado em diferentes condições que afetam a retina, estrutura do fundo do olho. Entenda!
A fotocoagulação a laser é um tipo de tratamento indicado para doenças que afetam a retina, a camada que reveste a parte interna e posterior do olho (o fundo), mais especificamente condições que interferem nos vasos sanguíneos da estrutura.
O procedimento é considerado simples, prático e rápido, além de seguro. Não invasivo, consiste na aplicação de feixes de laser no olho do paciente com o objetivo de reduzir o desenvolvimento dos chamados neovasos.
A seguir, saiba mais sobre a fotocoagulação a laser e entenda quando o procedimento pode ser indicado.
O que é fotocoagulação a laser?
A fotocoagulação a laser é um procedimento feito em consultório, que consiste na aplicação de laser em determinadas áreas da retina, ou nela toda, a depender do objetivo do tratamento. Isso porque a intervenção pode ser utilizada no tratamento e prevenção de mais de uma condição ocular.
Basicamente, o laser, ao atingir a retina, causa um efeito de cauterização. O tratamento é feito com o paciente sentado em frente ao aparelho, com a testa e o queixo apoiados nos lugares indicados.
Durante o tratamento, é encostada uma lente de contato no olho do paciente, para que o profissional tenha uma visão melhor do fundo de olho. Ela também mantém o olho mais estável, evitando as piscadas.
O laser possui intensidade e frequência de onda específicas, e pode ser verde, amarelo ou vermelho.
Antes do procedimento, o paciente tem sua pupila dilatada e recebe anestesia tópica em forma de colírio, para não sentir dor ou outros incômodos. No entanto, vale saber que essa anestesia é para evitar o desconforto da lente encostando no olho.
Por isso, é possível que ainda haja certo incômodo quando o laser for aplicado, a depender da sensibilidade de cada paciente.
Em alguns casos, inclusive, se o paciente sentir muito incômodo, o especialista pode fazer intervalos maiores entre os disparos de laser.
Para que serve esse tratamento?
O tratamento de fotocoagulação a laser é muito útil em situações de retinopatia diabética proliferativa, roturas retinianas, descolamento de retina e glaucoma neovascular. Entenda.
Retinopatia diabética proliferativa
A retinopatia diabética acontece quando a diabetes afeta os olhos do paciente, especificamente os vasos sanguíneos presentes na retina.
No tipo proliferativo da doença, há o crescimento de neovasos, que são vasos mais frágeis e mais finos, e que apresentam um risco maior de rompimento. Caso o rompimento aconteça, problemas mais sérios podem acontecer, como hemorragia vítrea, descolamento de retina e glaucoma neovascular.
Aqui, a fotocoagulação a laser vai cauterizar os neovasos, impedindo que eles cheguem ao ponto do rompimento. Em outras palavras, os vasinhos vão parar de crescer e cicatrizar.
Roturas retinianas
As roturas retinianas acontecem quando o humor vítreo, uma espécie de gel que preenche o globo ocular, no processo de desprendimento da retina, acaba puxando a camada, fazendo com que ela rasgue.
Para entender: o humor vítreo é “grudado” à retina. Com o tempo, especialmente após os 40 anos de idade, esse gel vai se desgrudando da camada. Porém, em alguns pontos da retina, o vítreo pode estar mais grudado que o normal, gerando certa dificuldade para se desgrudar. Assim, isso pode causar um rasgo na retina, que é a rotura retiniana. A partir disso, o descolamento de retina pode acontecer.
Para tratar essa situação, a fotocoagulação a laser vai criar uma espécie de barreira ao redor da ruptura, evitando que ela aumente e cause um descolamento de retina.
Descolamento de retina
Diferente dos casos anteriores, a fotocoagulação a laser, no caso do descolamento de retina, funciona como tratamento de prevenção.
A retina é a camada que cobre o interior do fundo do olho. Quando ela se desprende da estrutura ocular por alguma razão, acontece o descolamento de retina, que, por sua vez, pode causar danos à visão do paciente.
Sendo assim, o procedimento pode ser indicado quando houver alguma condição ocular que possa evoluir para o descolamento de retina.
Glaucoma neovascular
O glaucoma neovascular acontece quando a pressão intraocular aumenta por influência dos neovasos.
Os neovasos normalmente crescem na retina, mas também podem crescer na íris do paciente. A partir disso, os novos vasinhos atrapalham a saída do humor aquoso, que fica perto da íris.
Assim, o humor aquoso tem dificuldade para ser drenado, e acaba impactando a pressão intraocular, fazendo-a aumentar.
No glaucoma neovascular, a fotocoagulação a laser vai evitar o crescimento de mais vasos, de forma semelhante à que ocorre na retinopatia diabética proliferativa.
Além disso, em alguns casos, o laser também pode ser útil na trabeculoplastia a laser, procedimento que interfere diretamente na redução da pressão intraocular.
Qual o tempo de recuperação da fotocoagulação a laser?
A recuperação da fotocoagulação a laser envolve cuidados pós-tratamento e tempo de repouso, a depender da condição que foi tratada.
Logo que o procedimento acaba, é normal que o paciente fique com a visão escura e embaçada. Isso acontece não apenas por causa do laser, mas também pela dilatação da pupila.
Aos poucos, a vista escura vai normalizando. Porém, o embaçamento pode levar algumas horas para passar.
Casos mais leves, como quando não há descolamento da retina, o repouso não é exigido – o paciente pode voltar às suas atividades já no dia seguinte.
Já em casos mais sérios, como quando há grandes rupturas na retina ou o próprio descolamento no estágio inicial, há necessidade de repouso, a depender da indicação do oftalmologista responsável.
Depois de realizar o procedimento, o médico especialista dá todas as orientações necessárias para que a recuperação seja tranquila. Normalmente, as indicações são referentes aos cuidados e proteção com os olhos, administração correta dos medicamentos, e comparecimento nas consultas de acompanhamento médico.
Portanto, é importante:
- não coçar ou esfregar os olhos;
- não utilizar lentes de contato ou maquiagem na área dos olhos;
- evitar atividades físicas por um tempo;
- usar óculos escuros de boa qualidade quando houver exposição ao sol.
Há efeitos colaterais?
A fotocoagulação a laser é um procedimento seguro, que oferece poucos riscos e complicações.
Caso o laser não tenha sido ajustado corretamente para o procedimento, de acordo com o caso do paciente, há risco de rotura na retina. Ou seja, a retina pode ser rasgada.
Já se o laser atingir alguma área errada do olho, pode haver sangramento.
Um risco mais sério é a própria perda da visão. Caso o profissional não tenha a experiência necessária, ele pode cometer erros durante o procedimento, podendo prejudicar de forma definitiva a visão do paciente.
Além disso, a falta de cuidados após o tratamento também pode resultar em danos mais graves.
Outras possíveis complicações são edema macular, alteração na percepção das cores, alteração na visão noturna e defeitos no campo visual.
Onde fazer a fotocoagulação a laser?
O tratamento de fotocoagulação a laser é um procedimento ambulatorial, o que significa que ele é feito no próprio consultório oftalmológico. Para fazer, é necessário ter a indicação de um oftalmologista, de preferência, especialista em retina.
Sendo assim, uma forma de conseguir o tratamento é pelo SUS, o Sistema Único de Saúde, e outra é por meio de clínicas particulares.
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