A vitrectomia é um procedimento cirúrgico indicado para tratamentos da retina e do humor vítreo, estruturas do fundo do olho. Saiba mais!
Entre as diversas cirurgias oculares, a vitrectomia possui uma série de indicações, sendo útil no tratamento de diferentes condições.
O procedimento consiste na retirada do vítreo, uma substância gelatinosa que fica dentro do olho, mais especificamente na parte do fundo. No caso, essa estrutura é substituída por outra substância, a depender da avaliação do oftalmologista.
Nesta matéria, entenda mais sobre a vitrectomia, saiba como ela é feita e veja em quais situações ela pode ser indicada.
O que é vitrectomia?
A vitrectomia é uma cirurgia em que o profissional substitui o vítreo do paciente por outra substância, e é indicada para tratar diferentes condições oculares.
O vítreo preenche o interior do olho, a partir do cristalino até a retina, assim como mostra a figura abaixo. Trata-se de uma substância gelatinosa que dá sustentação ao olho, e que mantém a retina no lugar adequado.
Algumas situações podem fazer com que esse gel se altere, o que causa impactos na visão do paciente. Alguns exemplos de situações são infecções ou traumas oculares, e até mesmo a idade.
A partir disso, a intervenção cirúrgica pode ser necessária, e a vitrectomia é um dos procedimentos que pode ser indicado pelos oftalmologistas especialistas.
Ela pode ser classificada em dois tipos: a posterior e a anterior.
A vitrectomia posterior, chamada também de vitrectomia via pars plana, permite que o cirurgião tenha acesso ao vítreo por completo. Já na vitrectomia anterior, é possível ter acesso parcial ao vítreo, removendo apenas sua parte mais superficial.
Nesta matéria, abordamos o primeiro tipo de vitrectomia – a posterior.
Quando a cirurgia é indicada?
Ainda que seja considerada um procedimento complexo, a vitrectomia já alcançou estágios avançados, se mostrando eficiente e segura. Sendo assim, a técnica pode ser recomendada para o tratamento de diferentes condições.
Alguns dos principais problemas oculares que normalmente têm a vitrectomia como indicação de tratamento adequado são:
- Retinopatia diabética;
- Descolamento de retina;
- Hemorragia vítrea;
- Buraco macular;
- Membrana epirretiniana;
- Corpo estranho na cavidade vítrea após trauma ocular.
Mesmo podendo ser indicada em situações diferentes, o procedimento varia de acordo com cada caso.
Por isso, é essencial que o paciente se consulte com um especialista em retina e vítreo, para ter a avaliação e a recomendação adequada.
Como é feita a cirurgia de vitrectomia?
Basicamente, a cirurgia de vitrectomia consiste na retirada do vítreo e na sua substituição por outra substância, que pode ser uma solução salina (BSS), gás ou óleo de silicone.
Para isso, o cirurgião faz três acessos no globo ocular, pelos quais ele insere os instrumentos cirúrgicos. Antes, o paciente recebe anestesia local, sedação ou até mesmo anestesia geral.
Em um dos acessos coloca-se uma cânula, que é por onde vai entrar a nova substância para preenchimento do olho.
Em outro, é inserida a sonda de iluminação, para que o cirurgião consiga ver dentro do olho. Já no terceiro, o profissional pode inserir diferentes instrumentos, como micropinças, microtesoura, vitreófago, entre outros. O vitreófago é o item utilizado no corte e na aspiração do vítreo.
Para substituir o humor vítreo, o profissional pode utilizar substâncias distintas, que são definidas de acordo com a avaliação oftalmológica.
Normalmente, quando o procedimento é realizado por alterações no vítreo, a substância utilizada na substituição é a solução salina, a BSS. Já em casos mais específicos, como quando a cirurgia é para tratamentos relacionados à retina, a substância pode ser gás ou óleo de silicone.
O gás é absorvido espontaneamente pelo organismo, o que dispensa a sua retirada. Por outro lado, ele é sensível a mudanças na pressão atmosférica e pode se expandir. Nisso, o paciente não pode se expor a esse tipo de alteração, uma vez que põe em risco a sua visão.
Já o óleo de silicone não tem restrição quanto a mudanças na pressão atmosférica, mas pode emulsificar e causar complicações. Por essa razão, é fundamental seguir as orientações médicas no pós-operatório, especialmente quanto à posição da cabeça depois da cirurgia.
Além disso, depois de algum tempo, pode ser necessário realizar outra cirurgia para remover a substância inserida no procedimento.
Como é a recuperação?
O pós-operatório da cirurgia de vitrectomia costuma envolver a aplicação de colírios e repouso.
Durante a recuperação, o paciente deve aplicar adequadamente os colírios antibióticos e anti-inflamatórios pelo tempo determinado pelo seu médico.
Além disso, é fundamental dar atenção ao repouso e à posição da cabeça. Especialmente quando a cirurgia é realizada por conta de problemas na retina, a depender da localização do problema (superior ou inferior), o paciente deve manter sua cabeça voltada para baixo ou para cima, para que a substância inserida no olho fique na posição correta.
Vale destacar: manter a cabeça na posição orientada pelo médico cirurgião é um fator decisivo para o sucesso da vitrectomia.
Alguns dos sintomas comuns durante o pós-operatório são vermelhidão nos olhos, sensação de olho seco e sensibilidade à luz. Em caso de outros sintomas e incômodos, o paciente deve procurar o seu médico com urgência.
É preciso, ainda, evitar o contato das mãos com os olhos e não realizar esforços ou atividades físicas, assim como seguir corretamente todas as orientações do cirurgião.
Cuide da sua visão!
Como você pôde ver ao longo deste artigo, a vitrectomia é um procedimento com diversas indicações, especialmente para condições que afetam a retina. Em alguns casos, o dano pode ser irreversível, o que exige atenção dobrada.
Portanto, não deixe de visitar regularmente o oftalmologista, principalmente na manifestação de algum sintoma.
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Importante!
Esse texto busca sensibilizar os pacientes a buscarem tratamento oftalmológico. Só o médico oftalmologista é capaz de diagnosticar e indicar os tratamentos e/ou cirurgias mais indicadas.
Texto revisado pelo Dr. Mateus Lial Matuoka, CRM 163.329, Título Especialista (RQE) 73.992. Médico oftalmologista graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa, residência médica e especialização em cirurgia de catarata na Santa Casa de Misericórdia.
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