Glaucoma: quais os sintomas?

Mesmo sendo considerado uma doença silenciosa, em alguns casos, o glaucoma pode manifestar alguns sintomas. Saiba quais são os principais! 

Glaucoma: quais os sintomas

Quando manifestados, os sintomas do glaucoma merecem atenção especial. A doença oftalmológica tem relação com o aumento da pressão intraocular, que causa lesão no nervo ótico e compromete a visão.

Uma vez que a doença põe em risco a vista do paciente, é de suma importância que se busque ajuda médica o mais rápido possível, sabendo que, caso o glaucoma não seja tratado a tempo e de forma adequada, ele pode levar à cegueira irreversível.

Nesta matéria, saiba mais sobre o glaucoma e seus sintomas. Boa leitura!

O que é o glaucoma

O glaucoma é uma doença ocular cuja principal característica é a alteração do nervo ótico. Essa alteração leva a danos irreversíveis das fibras nervosas do indivíduo, causando a perda da visão periférica.

A causa mais comum do glaucoma é o aumento da pressão intraocular. No entanto, ele também pode ser ocasionado por alterações no fluxo sanguíneo na cabeça do nervo ótico.

Quais os sintomas de glaucoma

Os sintomas do glaucoma costumam ser diferentes de acordo com o tipo de doença. Há quatro diferentes tipos, e, em algumas situações, eles podem ser mais ou menos intensos.

No glaucoma de ângulo aberto, o paciente costuma não apresentar sintomas até que comece a perda gradual da visão periférica lateral, também chamada de visão tubular. Apesar de ser assintomático nos estágios iniciais, nos seguintes, é possível sentir dores de cabeça e ter perda gradual da visão.

Já no glaucoma de ângulo fechado, os sintomas são mais agressivos. O paciente pode ter dor nos olhos, visão turva ou dificuldades de enxergar, olhos vermelhos e com aparência inchada, e até mesmo náuseas e vômitos.

O glaucoma congênito, por sua vez, pode causar sintomas como vermelhidão e inchaço em um ou dois olhos, nebulosidade, sensibilidade à luz e lacrimação.

Os tipos da doença

Como visto no tópico acima, o glaucoma possui tipos diferentes. Além de causarem sintomas variados, eles também têm diferentes causas e podem ser mais ou menos preocupantes. Apesar disso, sempre estão relacionados a alguma alteração nos canais de drenagem do humor aquoso ou na formação anatômica do olho. Confira a seguir.

Glaucoma de ângulo fechado

Também chamado de glaucoma agudo, o glaucoma de ângulo fechado ocorre quando há um bloqueio na saída de humor aquoso, o que resulta no aumento da pressão ocular.

O humor aquoso é o líquido transparente que fica entre a córnea e a íris (parte colorida do olho), na parte frontal do olho, e que sai pelos canais de drenagem. No caso do glaucoma, esses canais de drenagem ficam obstruídos por conta de uma má formação anatômica, o que faz com que a pressão do olho aumente rapidamente.

Alguns médicos, ao explicarem a situação para os pacientes, podem comparar a situação a um ralo em uma pia. Se houver alguma obstrução ou se o ralo estiver entupido, isso dificulta ou até impede a drenagem da água. No caso dos olhos, o humor aquoso é a água e os canais de drenagem são o ralo.

Diferente dos casos crônicos da doença, onde a evolução ocorre lentamente, este tipo de glaucoma é uma situação emergencial e causa sintomas mais intensos.

Glaucoma de ângulo aberto

O glaucoma de ângulo aberto, também chamado de glaucoma crônico simples, é a forma mais comum de manifestação da doença, atingindo cerca de 80% dos pacientes que tem a doença. Normalmente, o público que tem esse tipo de glaucoma tem mais de 40 anos.

A causa desse tipo de glaucoma ainda é desconhecida, mas acredita-se que a hereditariedade tem influência em sua manifestação.

Diferente do glaucoma de ângulo fechado, este tipo evolui lentamente, afetando a visão periférica no início. Apesar disso, a lesão causada no nervo ótico é permanente e pode levar à cegueira completa se não for tratada.

Glaucoma secundário

O glaucoma secundário normalmente é causado por medicamentos. O uso contínuo de colírios e de remédios que contém corticoides.

Outra causa desse tipo de glaucoma também está relacionada a outras doenças oculares sistêmicas e traumas ou lesões nos olhos, como hemorragias internas, catarata, uveíte ou diabetes.

Por ser uma doença secundária, é comum que ela seja acompanhada de sintomas das suas outras condições, como opacidade (no caso da catarata) e consequências dos medicamentos utilizados. Assim, o glaucoma pode ficar em segundo plano, sendo diagnosticado ainda mais tarde.

Glaucoma congênito

Por fim, o glaucoma congênito já nasce com o bebê, uma vez que sua causa é a má-formação dos canais de drenagem durante a gestação.

Esse tipo de glaucoma é mais raro, atingindo especialmente recém-nascidos e crianças de até 3 anos.

Aqui, é importante que os pais e responsáveis pelo bebê ou criança se atentem às condições que possam indicar a presença da doença. Alguns sintomas que podem existir são aparência azulada e aumentada do olho, vermelhidão dos olhos, lacrimação de excesso e sensibilidade à luz.

Glaucoma tem cura?

Não, glaucoma não tem cura. Apesar disso, ele pode ser tratado, a fim de evitar que o nervo óptico seja afetado de modo a causa a cegueira. Conheça aqui os tratamentos para essa doença.

Visto que os sintomas do glaucoma só costumam aparecer em seus estágios mais avançados, a solução é fazer exames de prevenção. Assim, é possível saber se há algum indício de glaucoma no estágio inicial e ter a recomendação adequada de um tratamento antes de uma lesão mais séria do nervo óptico.

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Importante!

Esse texto busca sensibilizar os pacientes a buscarem tratamento oftalmológico. Só o médico oftalmologista é capaz de diagnosticar e indicar os tratamentos e/ou cirurgias mais indicadas.
Texto revisado pela Dra. Bárbara Nazareth Parize Clemente, CRM SP: 169506, Título Especialista (RQE): 74181. Médica oftalmologista graduada pela Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde / PUC-SP, residência médica no Hospital de Olhos Aparecida, subespecialização pelo Instituto da Visão IPEPO.
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