Glaucoma: tudo sobre a doença do nervo óptico

Nesta matéria, veja tudo o que você precisa saber sobre o glaucoma e entenda como ter acesso a tratamentos por preços mais acessíveis.

Glaucoma: tudo sobre a doença do nervo ótico

O glaucoma é uma doença ocular cuja principal característica é a alteração do nervo óptico. Essa alteração leva a danos irreversíveis das fibras nervosas do indivíduo e, deste modo, ocorre a perda da visão periférica.

A causa mais comum do glaucoma é o aumento da pressão intraocular, mas também há casos em que o glaucoma ocorre por conta de alterações no fluxo sanguíneo na cabeça do nervo óptico.

Nesta matéria, veja tudo o que você precisa saber sobre a doença do nervo óptico.

Atenção: é fundamental fazer uma consulta anual com um oftalmologista para avaliar sua saúde ocular. Caso sinta algum desconforto na vista antes desse período, procure imediatamente seu médico.

O que é o glaucoma?

O glaucoma é uma doença que, embora seja perigosa, pode ser controlada com tratamentos adequados.

A condição afeta o nervo óptico, que é a estrutura responsável por levar a luz recebida pela retina ao cérebro, permitindo a formação da imagem. As lesões causadas são permanentes e prejudicam a visão do paciente.

A principal causa dessas alterações no nervo óptico é o aumento da pressão intraocular. Veja a imagem abaixo.

câmara anterior olho

O corpo ciliar produz um líquido chamado de “humor aquoso”, que é responsável por nutrir o cristalino e a córnea. Depois de exercer a sua função, o humor aquoso é drenado, saindo por meio do canal de Schelemm, que fica entre a íris e a córnea.

Quando o humor aquoso é produzido em excesso, ou quando há algum bloqueio nas saídas do líquido, a pressão intraocular acaba aumentando. Assim, o nervo óptico pode sofrer lesões.

A medicina divide o glaucoma em quatro tipos. Entenda.

Glaucoma de ângulo fechado

Também chamado de glaucoma agudo, o glaucoma de ângulo fechado ocorre quando há um bloqueio na saída de humor aquoso. Isso resulta no aumento repentino da pressão ocular, criando uma situação emergencial.

Com o aumento repentino, a lesão no nervo óptico também pode ocorrer em pouco tempo, sendo breve em prejudicar a visão de modo definitivo.

Glaucoma de ângulo aberto

Também conhecido como glaucoma crônico, o glaucoma de ângulo aberto é o tipo mais comum da doença. As causas para a manifestação do glaucoma crônico ainda são desconhecidas, mas acredita-se que a hereditariedade tenha influência.

Este tipo da doença progride de forma lenta, entretanto, a lesão causada ao nervo óptico do paciente é permanente. Além disso, ele é assintomático, ou seja, o paciente não sente qualquer sinal da doença.

Por isso é fundamental a realização de consultas anuais com oftalmologista que, por meio da análise clínica e exames, poderá dar o diagnóstico.

Glaucoma secundário

O glaucoma secundário pode ser causado pelo uso de medicamentos, além de outras doenças oculares sistêmicas e traumas ou lesões nos olhos. Ele também pode ser desencadeado em casos avançados de catarata e diabetes.

Glaucoma congênito

Este tipo de glaucoma já nasce com o indivíduo. É considerado um tipo raro da doença e necessita de tratamento imediato.

O que causa o glaucoma?

A medicina ainda não compreende totalmente quais podem ser as causas do glaucoma. Entretanto, o surgimento da doença costuma ser relacionado a uma lesão no nervo óptico. Acredita-se que a hereditariedade também tenha influência na manifestação da doença.

Além disso, a hipotensão arterial noturna – caracterizada pela baixa da pressão durante o sono – e a apneia do sono – roncos e pausas na respiração durante o sono – também são consideradas possíveis causas para o glaucoma.

Por isso, recomenda-se que pacientes com essas condições mantenham a sua saúde visual em dia.

A doença é considerada emergencial e pode acometer pessoas em qualquer idade, mas principalmente adultos com mais de 35 anos.

Os grupos de risco são pessoas de pele negra, hipertensos, diabéticos e pessoas com histórico familiar da doença.

Quais os sintomas?

Os diferentes tipos de glaucoma podem apresentar sintomas distintos. No caso do glaucoma de ângulo aberto, o paciente costuma não apresentar sintomas até que comece a perda gradual da visão periférica, também chamada de visão tubular.

Pacientes acometidos pelo glaucoma de ângulo fechado já apresentam sintomas mais agressivos, como dor nos olhos, visão turva ou dificuldades de enxergar, além de olhos vermelhos e com aparência inchada e até mesmo náuseas e vômitos.

Já quem apresenta o glaucoma congênito pode sofrer sintomas como vermelhidão e inchaço em um ou dois olhos, nebulosidade, sensibilidade à luz e lacrimejamento.

Exames para diagnóstico

Exames para diagnóstico glaucoma

Para identificar a existência e o tipo de glaucoma, o médico oftalmologista precisará examinar o interior do olho do paciente. A tonometria, exame que verifica a pressão intraocular, não é suficiente para confirmar a existência de glaucoma, uma vez que a pressão pode variar. Por isso, outros exames podem ser solicitados.

Veja abaixo alguns deles.

  • Tonometria: consiste na medição da pressão ocular;
  • Acuidade visual: exame que verifica a capacidade do paciente de identificar o contorno e a forma dos objetos;
  • Avaliação do nervo óptico: alguns exames como a oftalmoscopia – também chamada de exame de fundo de olho – podem ser solicitadas para verificar qualquer tipo de lesão no nervo óptico;
  • Campimetria: o exame estuda a percepção visual central do paciente, levando em conta a visão central e periférica;
  • Exame com lâmpada de fenda: também chamada de biomicroscópio, a lâmpada de fenda é utilizada para a visualização ampla de toda a estrutura de fundo de olho;
  • Gonioscopia: o exame consiste no uso de lentes especiais para analisar os canais de circulação do ângulo.

Os exames solicitados pelo médico oftalmologista podem variar de acordo com cada caso. O ideal é realizar consultas e exames periódicos a fim de identificar o glaucoma no menor sinal da doença.

Deste modo, quanto antes iniciarem os tratamentos, maiores são as chances de o paciente ter a sua pressão intraocular controlada e os sintomas da doença atenuados.

Glaucoma cega em quanto tempo?

O glaucoma é dividido em quatro tipos, por isso, cada um deles conta com características distintas. Isso significa que não existe um prazo preestabelecido para saber em quanto tempo o paciente acometido pela doença perderá sua visão por completo.

O que se sabe é que, no caso do glaucoma de ângulo aberto, tipo mais comum da doença, o paciente pode levar de 10 a 20 anos para perder a capacidade de enxergar.

Por outro lado, pacientes acometidos pelo glaucoma de ângulo fechado, considerado o tipo mais agressivo da doença, podem perder a visão completamente de um dia para o outro.

Essas condições podem variar de um caso para o outro, no entanto, o diagnóstico precoce pode salvar a visão do paciente. Por isso, realizar consultas regulares com o oftalmologista é essencial para cuidar da saúde dos seus olhos.

Glaucoma tem cura?

O glaucoma não tem cura, mas com o tratamento adequado, a doença pode ser controlada e o paciente não perderá a visão. A expectativa de tratamento e recuperação pode variar de acordo com o tipo de manifestação da doença, mas, em geral, o diagnóstico e tratamento imediatos são essenciais para salvar a visão do paciente.

Quais os tratamentos?

Por possuírem características muito diferentes, cada tipo de glaucoma exige um tratamento distinto. Confira.

Glaucoma de ângulo aberto

Neste tipo da doença, o tratamento pode ter resultados satisfatórios apenas com colírios. No entanto, isso não é regra.

Pode ser preciso ingerir medicamentos que controlem a pressão intraocular, além de outros tipos de tratamento, como o à laser – que ajuda na desobstrução da circulação do humor aquoso – e a própria cirurgia de glaucoma.

Glaucoma de ângulo fechado

O glaucoma de ângulo fechado é tratado como uma emergência médica, pois pode levar o paciente a perder completamente em muito pouco tempo.

O tratamento costuma ser o uso de colírios, pílulas e medicamentos intravenosos para o controle da pressão intraocular.

Além disso, alguns pacientes podem necessitar de intervenção cirúrgica emergencial, chamada de iridotomia. O procedimento consiste no uso de um laser para abrir um novo canal na íris do paciente, o que alivia a pressão intraocular.

Glaucoma secundário

O tratamento para o glaucoma secundário consiste no uso de colírios para a diminuição da pressão intraocular. Esses colírios também podem conter a progressão da doença, mas não conseguem reverter os danos já causados.

Alguns pacientes também podem precisar de intervenção cirúrgica para melhores resultados.

Glaucoma congênito

Os pacientes com glaucoma congênito são tratados por meio de intervenção cirúrgica, com o objetivo de desobstruir as câmaras do ângulo e facilitar a drenagem do humor aquoso. O procedimento é feito com o paciente sob efeito de anestesia geral.

Como é a cirurgia de glaucoma?

A cirurgia de glaucoma é um recurso utilizado por médicos oftalmologistas em último caso, quando o paciente já não consegue mais controlar a progressão da doença por meio do uso de colírios ou a ingestão de medicamentos.

O principal objetivo da cirurgia é diminuir a pressão intraocular, que causa danos nas fibras nervosas e leva o paciente à perda da visão.

Hoje, existem três tipos de cirurgias comumente recomendadas por médicos oftalmologistas. Conheça cada uma delas.

Trabeculoplastia seletiva a laser

Nesse procedimento (também conhecido como SLT), uma combinação de frequências de laser é usada para tratar células danificadas, deixando intactas aquelas que não apresentam nenhum dano. A cirurgia pode ser repetida para melhor alcance de resultados.

Iridectomia a laser

A iridectomia a laser tem como objetivo o tratamento do glaucoma de ângulo fechado. Por meio dela, uma pequena abertura é feita na íris do paciente, a fim de que o humor aquoso possa circular livremente.

Desta forma, o líquido volta a regular a pressão intraocular.

Trabeculectomia

Esse procedimento costuma ser indicado para controlar o glaucoma em casos em que o tratamento com colírios e medicamentos não surte o efeito desejado, fazendo com que a doença continue a progredir.

A cirurgia consiste na abertura de uma pequena passagem para drenar o humor aquoso e, deste modo, controlar a pressão intraocular.

Saiba mais sobre o procedimento nesta matéria.

Onde fazer a cirurgia de glaucoma

Para ter a indicação da cirurgia de glaucoma mais indicada, é essencial ter uma consulta com um especialista, que poderá avaliar cuidadosamente o seu caso e recomendar a melhor opção.

Uma alternativa é buscar atendimento em clínicas particulares, e com a Central da Visão, isso é possível. Somos uma empresa que ajuda quem precisa operar ou tratar a visão a encontrar clínicas seguras e de referência, a preços mais acessíveis e condições facilitadas de pagamento.

Temos mais de 30 clínicas afiliadas em vários estados brasileiros. Dessa forma, auxiliamos pacientes que ficariam meses na fila do SUS a ter seu diagnóstico e tratamento o quanto antes.

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Importante!

Esse texto busca sensibilizar os pacientes a buscarem tratamento oftalmológico. Só o médico oftalmologista é capaz de diagnosticar e indicar os tratamentos e/ou cirurgias mais indicadas.
Texto revisado pela Dra. Bárbara Nazareth Parize Clemente, CRM SP: 169506, Título Especialista (RQE): 74181. Médica oftalmologista graduada pela Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde / PUC-SP, residência médica no Hospital de Olhos Aparecida, subespecialização pelo Instituto da Visão IPEPO.

Caso seja necessária alguma retificação desse conteúdo, por favor, entre em contato conosco pelo e-mail [email protected].

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