O paciente que tem nistagmo apresenta movimentos involuntários, repetitivos e incontroláveis nos olhos. Saiba mais sobre a condição e entenda se ela tem cura.
O nistagmo é uma condição que pode se manifestar em diferentes doenças. Nele, o paciente tem movimentos involuntários, repetitivos e incontroláveis nos olhos.
Esses movimentos podem variar de pessoa para pessoa. No caso, eles podem ser mais ou menos rápidos, e ter direções diferentes.
A seguir, saiba mais sobre o nistagmo e entenda as suas causas, sintomas e tratamentos possíveis.
Nistagmo: o que é?
O nistagmo consiste em movimentos involuntários nos olhos, além de incontroláveis e repetitivos.
O distúrbio também pode ser considerado um sintoma em diagnósticos neurológicos e otológicos (subespecialidade da otorrinolaringologia que aborda distúrbios da audição e do equilíbrio).
Tipos do distúrbio
Existem diferentes classificações para o nistagmo. Ele pode ser dividido de acordo com a direção do movimento dos olhos, assim como de acordo com a causa.
O primeiro tipo de classificação considera os olhos afetados pela condição. Quando é em um olho só, o nistagmo é unilateral. Quando os dois olhos sofrem os movimentos, é bilateral.
O nistagmo horizontal faz com que os olhos se movam lateralmente, enquanto o vertical, para cima e para baixo.
Há também o nistagmo rotatório, em que o movimento é circular.
A condição ainda pode ser congênita ou adquirida. Na primeira, o paciente nasce com ela, e, na segunda, ele a adquire.
No caso do nistagmo congênito, ele não necessariamente se manifesta logo no primeiro dia de vida do bebê. O distúrbio pode levar entre dois e três meses para começar com os sintomas.
Já o adquirido pode acometer o paciente em qualquer idade, a partir dos seis meses de vida.
Além disso, há, ainda, outras formas de classificação. Quando os movimentos involuntários dos olhos é constante, a condição é denominada nistagmo manifesto. Se, por outro lado, os movimentos só acontecem quando um dos olhos está coberto, o nistagmo é latente.
Por fim, o nistagmo ainda pode ser manifesto-latente, e consiste em movimentos constantes que pioram quando um dos olhos é coberto.
Causas do nistagmo
O movimento involuntário dos olhos pode ser causado por algum mal funcionamento de parte do cérebro ou da orelha interna. São essas as áreas que regulam o movimento e posicionamento dos olhos.
Sendo assim, condições que afetam essas partes do corpo podem acabar refletindo nos movimentos oculares e causarem o nistagmo.
Entre as causas estão:
- Lesões no sistema vestibular (no ouvido interno, sistema importante para o equilíbrio geral do corpo);
- Lesões medulares e tumores cerebrais que tenham relação com o controle do movimento dos olhos;
- Infecções bacterianas;
- Labirintite;
- Consumo de álcool, drogas ou certos medicamentos;
- Albinismo;
- Esclerose múltipla;
- Falta de vitamina B12.
Além dessas, a perda da visão também pode ser um fator de risco para o nistagmo, assim como a alta miopia e astigmatismo.
Sintomas
O principal sintoma do nistagmo é a movimentação involuntária, repetitiva e incontrolável dos olhos, que pode tanto ocorrer em apenas um, como nos dois.
Outros sintomas que o paciente pode apresentar são:
- Visão embaçada;
- Pouca visão;
- Sensibilidade à luz;
- Dificuldade para enxergar à noite;
- Tontura;
- Torcicolo (gerado pela inclinação frequente da cabeça como tentativa de enxergar melhor);
- Síndrome de Down.
Como é feito o diagnóstico do nistagmo
O médico oftalmologista é o responsável por dar o diagnóstico de nistagmo ao paciente que apresenta os sintomas e condições da condição.
Para isso, ele pode solicitar exames que investiguem possíveis problemas oftalmológicos associados ao distúrbio, como falhas na retina e no nervo óptico, erros refrativos, estrabismo e catarata congênita.
Também podem ser necessários exames neurológicos e de imagem, a depender da idade do paciente.
Tratamentos
Infelizmente, o nistagmo congênito – que é o que afeta bebês e crianças – não tem cura.
Por outro lado, o distúrbio causado por outros fatores tem tratamento, que varia de acordo com a causa do problema. Assim, cada paciente pode ter um tratamento diferente.
Alguns exemplos de tratamentos que podem ser prescritos são:
- uso de relaxantes musculares e outros medicamentos;
- suspensão do uso de álcool e drogas;
- uso de lentes de contato e óculos de grau;
- cirurgia para reposição dos músculos que controlam o movimento dos olhos
- cirurgia a laser.
Apenas um oftalmologista pode dizer qual o melhor tratamento para o paciente que sofre os incômodos do nistagmo. Por isso, é fundamental visitar o oftalmologista, no mínimo, uma vez ao ano, assim como em todas as situações que houver alguma anormalidade.
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Esse texto busca sensibilizar os pacientes a buscarem tratamento oftalmológico. Só o médico oftalmologista é capaz de diagnosticar e indicar os tratamentos e/ou cirurgias mais indicadas.
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