Como saber se o que está no olho é calázio ou terçol? Embora parecidas, as lesões não são a mesma coisa. Saiba quais são as suas diferenças!
Terçol e calázio são lesões muito semelhantes. Tanto que várias pessoas se confundem e acabam fazendo um tratamento por conta própria, que nem sempre dá certo.
Basicamente, a diferença se dá na origem entre as doenças. Enquanto uma se trata de uma infecção bacteriana, a outra se dá por um processo inflamatório. Isso faz com que os tratamentos também sejam diferentes.
Está com terçol ou calázio no olho? A seguir, saiba mais sobre as duas lesões e entenda a diferença entre elas.
O que é terçol?
O terçol, também conhecido como hordéolo, se manifesta em forma de uma pequena bolinha na extremidade da pálpebra, rente aos cílios. Normalmente, os sintomas envolvem vermelhidão, dor e calor na região, assim como coceira, lacrimejamento e sensibilidade à luz (fotofobia).
Essa lesão é consequência de uma infecção bacteriana. A infecção atinge as glândulas de Zeis e Mol, que são sebáceas e sudoríparas, e que estão localizadas bem próximas à raiz dos cílios.
No processo infeccioso, essas glândulas ficam obstruídas. Além disso, elas também são contaminadas por bactérias, normalmente as estafilococos (Staphylococcus aureus), cuja presença na pele humana já é comum.
Vale saber que alguns fatores podem influenciar o desenvolvimento do terçol, como é o caso da oleosidade. Quando não há higienização adequada da região, especialmente se o paciente tiver a pele mais oleosa, a chance do crescimento da lesão pode ser maior.
O terçol pode atingir tanto as pálpebras superiores quanto as inferiores. Além disso, apesar de ser causado por bactérias, ele não é contagioso.
O que é calázio?
O calázio, assim como o terçol, também se apresenta como uma pequena bolinha nas pálpebras superiores ou inferiores, lembrando um caroço duro. Em outras situações, ele também pode causar apenas um inchaço na região afetada.
Alguns sintomas ocasionados pela lesão são vermelhidão, inchaço, coceira, calor na região e lacrimejamento. Além disso, o caroço costuma aumentar com o tempo, atrapalhando, inclusive, a visão do paciente.
O calázio se dá por um processo inflamatório que atinge a glândula de Meibômio, que fica atrás dos cílios – bem próxima das que são afetadas pelo terçol -, na parte mais interna da pálpebra.
Na condição, a glândula fica obstruída, não podendo liberar a secreção produzida. Isso faz com que se desenvolva um granuloma, que vai aumentando, já que a secreção fica acumulada.
A oleosidade também pode ser um fator de influência no crescimento do calázio. Uma vez que o seu excesso pode causar o entupimento dos canais de drenagem, é fundamental que haja uma boa higienização da área dos olhos e ao redor, como o couro cabeludo.
Assim como o terçol, o calázio não é contagioso, não passando de pessoa para pessoa.
Afinal, qual a diferença entre terçol e calázio?
A principal diferença entre terçol e calázio é a causa da lesão. O terçol é causado por uma infecção bacteriana, enquanto o calázio se dá por uma inflamação. As glândulas afetadas também são diferentes – o primeiro envolve as glândulas Zeis e Mol, e o segundo, a glândula de Meibômio.
Outra diferença entre as lesões é a sua evolução. O terçol, ao aparecer, pode desaparecer espontaneamente entre dois e três dias. Ele também não aumenta de tamanho, mas diminui, uma vez que é drenado sozinho – exceto em casos mais graves, quando há a necessidade da drenagem por um profissional.
O calázio, por sua vez, pode aumentar de tamanho com o tempo. Conforme a secreção é produzida e não pode sair, ela vai acumulando e fazendo com que o pequeno caroço formado cresça.
Além disso, dependendo do caso, os sintomas também podem se manifestar de forma distinta. Ambas as lesões podem causar dor, porém, é normal que a dor do calázio seja mais leve.
Por fim, os tratamentos do terçol e do calázio também se diferenciam, como veremos a seguir.
Quais são os tratamentos para terçol e calázio?
Para tratar o terçol, normalmente é recomendado aplicar compressas de água morna sobre a região afetada, de três a quatro vezes por dia, deixando-as de dez a 15 minutos.
O paciente ainda pode receber prescrição de colírios ou pomadas específicas, com antibióticos, ou até medicamentos para serem tomados via oral, evitando que a infecção vá para outras regiões.
O calázio, por sua vez, também pode ser tratado com compressas de água morna, mas não com corticoides e antibióticos, pois são contraindicados. Em vez disso, médicos podem receitar colírios e pomadas anti-inflamatórias, assim como medicações orais.
Além disso, um dos tratamentos do calázio, caso os demais não deem certo, é a cirurgia. O procedimento pode ser recomendado caso os sintomas persistam, ou, ainda, caso o paciente relate grande incômodo estético.
De qualquer forma, independente da lesão a ser tratada, é fundamental consultar um oftalmologista. Só um profissional pode dar o diagnóstico correto e indicar o tratamento adequado e mais eficaz.
Como é feita a cirurgia de calázio?
A cirurgia de calázio geralmente é rápida, não exigindo a internação do paciente. O processo envolve a remoção do caroço formado por meio de uma pequena incisão, feita por dentro da pálpebra e que não deixa cicatriz aparente.
Você pode saber mais sobre a cirurgia de calázio nesta matéria.
Para passar pelo procedimento, é preciso comparecer, antes de tudo, a uma consulta com um oftalmologista – de preferência, especialista em calázio. Só assim você terá o diagnóstico correto e, a depender da sua situação, a indicação da cirurgia.
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Esse texto busca sensibilizar os pacientes a buscarem tratamento oftalmológico. Só o médico oftalmologista é capaz de diagnosticar e indicar os tratamentos e/ou cirurgias mais indicadas.
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