Veja quais são os riscos de não tratar o estrabismo e entenda os métodos geralmente utilizados para solução do desvio ocular.
Muito comum em crianças, o estrabismo pode ser tratado, apresentando ótimos resultados quando o tratamento é precoce. O distúrbio consiste no desvio em um ou nos dois olhos, de modo a não permitir que eles estejam alinhados e focando em uma mesma direção, como deve ser.
Enquanto o tratamento adequado pode melhorar a visão do paciente, a sua não realização traz altos riscos, comprometendo a sua visão e, consequentemente, sua qualidade de vida.
Nesta matéria, entenda quais os perigos de não tratar a doença.
Quais os riscos de não tratar o estrabismo?
Ao não tratar o estrabismo, o paciente tem os sintomas da doença constantemente, que são o aparente desvio ocular, dores de cabeça, torcicolo e, em alguns casos, visão dupla. Além disso, o risco mais grave e que mais vai afetar a visão e a vida do paciente é a cegueira no olho afetado.
O estrabismo ocorre devido ao desequilíbrio e falta de sincronia entre os músculos responsáveis pelos movimentos dos olhos. Esses músculos são comandados por nervos cranianos, ligados ao cérebro.
A partir do fato de que cada olho foca em determina direção, o cérebro recebe duas imagens diferentes: a do olho saudável e a do olho com desvio. Desta forma, ele “ignora” a imagem do olho afetado com o distúrbio, fazendo com que a parte cerebral responsável pela visão deste olho não se desenvolva, por conta do seu desuso.
Assim, a imagem fica cada vez mais fraca e o paciente tem a perda da visão de forma progressiva, até chegar à cegueira. Essa redução da visão também é chamada de ambliopia.
Por essas razões, é fundamental que o diagnóstico do estrabismo seja feito o mais rápido possível, para que o tratamento seja feito o quanto antes. Para se ter uma ideia, o tratamento feito no paciente ainda criança tem altos índices de resultados positivos, solucionando por completo o problema e não deixando vestígios.
Quais são os tratamentos do estrabismo?
Os tratamentos do estrabismo variam conforme o tipo do estrabismo. Normalmente, os tratamentos recomendados pelos oftalmologistas são:
- uso de óculos com lentes corretivas (óculos de grau), quando a doença tem causa relacionada à hipermetropia;
- uso de tapa-olho ou tampão, o que estimula o movimento do olho que possui o desvio;
- aplicação da toxina botulínica, o chamado Botox, que age relaxando o músculo contraído, responsável pelo desvio;
- cirurgia de estrabismo, quando os demais tratamentos não proporcionam o resultado esperado.
Em geral, crianças podem fazer esses quatro tipos de tratamento (embora a cirurgia seja recomendada em último caso), conforme prescrição oftalmológica.
Já em adultos, os tratamentos com óculos de grau e tampão não fazem muito efeito, em razão da rigidez dos músculos – quanto maior a idade do paciente, menos flexíveis são seus músculos.
Portanto, os tratamentos que podem ser recomendados, no caso, são correção com aplicação do Botox ou a cirurgia de estrabismo. A intervenção cirúrgica consiste na alteração dos músculos responsáveis pelo desvio, alterando sua posição e fortalecendo-os ou enfraquecendo-os.
Onde fazer a cirurgia de estrabismo?
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Importante!
Esse texto busca sensibilizar os pacientes a buscarem tratamento oftalmológico. Só o médico oftalmologista é capaz de diagnosticar e indicar os tratamentos e/ou cirurgias mais indicadas.
Texto revisado pela Dra.Bárbara Nazareth Parize Clemente, CRM SP: 169506, Título Especialista (RQE): 74181. Médica oftalmologista graduada pela Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde / PUC-SP, residência médica no Hospital de Olhos Aparecida, subespecialização pelo Instituto da Visão IPEPO.
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