Mesmo já tendo feito a cirurgia de catarata, alguns pacientes voltam a ter a visão embaçada. Nesses casos, a capsulotomia é indicada. Saiba mais!
A capsulotomia é um procedimento não cirúrgico indicado pelos médicos oftalmologistas para pacientes que já fizeram a cirurgia de catarata, mas que estão com a vista embaçada novamente.
Quando o paciente tem catarata, sua vista fica turva, o que gera muita dificuldade para enxergar com nitidez. Para resolver esse problema, ele passa pela cirurgia de catarata e remove a doença de modo definitivo.
Porém, meses ou anos depois do procedimento, ele pode apresentar um novo embaçamento na visão.
Diferente do que algumas pessoas podem pensar, a catarata não volta. O que acontece, na verdade, é a opacificação da cápsula posterior, uma estrutura ocular.
A seguir, saiba mais sobre como o paciente pode ficar com a visão embaçada mesmo já tendo operado a catarata, e entenda como funciona a capsulotomia.
Fiz a cirurgia de catarata e estou enxergando embaçado. E agora?
Enxergar embaçado mesmo depois de ter feito a cirurgia de catarata pode acontecer.
Na remoção cirúrgica da catarata, o núcleo do cristalino é removido completamente e substituído por uma lente artificial intraocular (LIO).
O cristalino é a lente natural dos olhos, e é a sua transparência que permite que a visão seja nítida. Ele é composto por um núcleo e por uma cápsula.
Enquanto o núcleo do cristalino é substituído na operação, a cápsula permanece, servindo, inclusive, de apoio para a nova lente.
Porém, assim como o cristalino, a parte posterior da cápsula também pode sofrer o processo de opacificação. Dessa forma, o paciente pode ter, novamente, a vista embaçada.
Isso normalmente acontece meses ou anos após o procedimento cirúrgico, e não afeta todos os pacientes. Além disso, mesmo se tratando de uma consequência após a cirurgia, é facilmente revertida. O único sintoma é o embaçamento da visão.
O que é capsulotomia?
Capsulotomia é o procedimento indicado para tratar a opacificação de cápsula posterior.
Diferente da cirurgia de catarata, a capsulotomia não é um procedimento cirúrgico, sendo feita no próprio consultório do oftalmologista.
Como ela é feita?
Para passar pela capsulotomia, o paciente deve ter sua pupila dilatada. Além disso, ele também recebe a aplicação de um colírio anestésico.
Sentado em frente ao aparelho, ele posiciona seu queixo e testa nos lugares indicados, e mantém os olhos abertos, seguindo as orientações do médico oftalmologista.
Do outro lado do aparelho, o profissional faz alguns disparos do laser YAG – o que faz o procedimento ser conhecido como capsulotomia por YAG laser.
Dentro do olho, esses disparos vão quebrar e abrir a cápsula posterior, permitindo que os raios de luz externos cheguem normalmente à retina, como antes, e que o paciente volte a enxergar bem.
Sendo assim, o procedimento é rápido, não causa dor, não é invasivo, e também não exige recuperação ou repouso. Não há dor ou incômodo depois de sair do consultório, porém, como há a dilatação da pupila, é comum que a vista fique embaçada nas primeiras horas.
Outro sintoma comum é o de moscas volantes. O paciente pode ver pequenas manchas se movendo em sua visão, especialmente nos primeiros dias. Mas com o tempo, elas podem sumir.
Atenção: caso você passe ou tenha passado pela capsulotomia, e esteja apresentando sintomas como queimação, dor de cabeça ou no olho, comunique imediatamente o seu oftalmologista.
Qual o preço de uma capsulotomia YAG laser?
O valor total de uma capsulotomia envolve as consultas para diagnóstico, os exames solicitados e o procedimento em si.
Além disso, esses custos também dependem de fatores distintos, como a clínica escolhida, a região geográfica e o médico, por exemplo. Sendo assim, a variação de valor pode ser grande.
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Importante!
Esse texto busca sensibilizar os pacientes a buscarem tratamento oftalmológico. Só o médico oftalmologista é capaz de diagnosticar e indicar os tratamentos e/ou cirurgias mais indicadas.
Texto revisado pelo Dr. Mateus Lial Matuoka, CRM 163.329, Título Especialista (RQE) 73.992. Médico oftalmologista graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa, residência médica e especialização em cirurgia de catarata na Santa Casa de Misericórdia.
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