Afinal, existe cura para o ceratocone? Veja como os portadores da doença podem ter uma melhor visão com os tratamentos recomendados.
O ceratocone é uma das doenças que podem afetar os olhos e limitar a qualidade de visão do portador. Isso porque esse problema ocular causa imagens embaçadas e confusas para o paciente, que limitam o desempenho de atividades do cotidiano.
Na condição, a córnea, região central do olho que é como um vidro de relógio, que se projeta para frente, ficando num formato de cone. Enquanto ela está em seu formato adequado, o paciente pode enxergar de forma nítida. No entanto, conforme ela vai se deformando, a imagem fica cada vez pior.
Nesta matéria, entenda se o ceratocone tem cura e saiba como funcionam os tratamentos normalmente recomendados.
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O ceratocone tem cura?
Embora estudos sobre a doença sejam feitos há alguns anos, o ceratocone ainda não tem cura, e nem foram encontradas maneiras de impedir o seu desenvolvimento por completo.
Algumas pesquisas apontam que o seu surgimento está ligado a questões hereditárias e genéticas do seu portador.
Apesar de não ter cura, os tratamentos oftalmológicos disponíveis podem impedir que o ceratocone avance mais rápido e prejudique a visão do paciente de forma irreversível.
Confira cada um deles a seguir.
Lentes para ceratocone
Um dos tratamentos para o ceratocone implica na colocação de lentes rígidas (RGP) ou lentes esclerais.
A lente RGP esférica possui uma curvatura interna uniforme, sem variações centrais ou laterais. Costuma ser uma opção para casos recém-descobertos de ceratocone. Isso porque, com a doença ainda nos estágios iniciais, o paciente não precisa de uma estabilização tão intensa.
A lente RGP asférica tem sua curvatura central um pouco maior, mas sem diferenças maiores entre as dimensões laterais da lente. O modelo é mais indicado para um grau mais elevado do ceratocone.
Diferente das duas anteriores, a lente RGP dupla face tem curvatura bem acentuada entre as dimensões centrais e laterais. Sua parte central deve encostar-se à superfície mais acentuada da córnea (em forma de cone), enquanto a lateral conterá as outras partes.
Já as lentes esclerais têm uma estrutura maior, o que facilita o seu uso e garante menor incômodo aos olhos do paciente. Antes de colocá-la, o oftalmologista avalia as condições oculares e qual o grau de avanço do ceratocone. Após alguns exames, as lentes esclerais serão feitas de acordo com as necessidades do seu portador.
Cirurgia de crosslinking
O crosslinking, uma das cirurgias de ceratocone, consiste no fortalecimento da córnea, deixando-a mais estável e, assim, retardando o avanço da doença. O procedimento dura uma hora, aproximadamente.
Na cirurgia, é feita uma pequena raspagem na parte central da córnea e, depois, aplica-se um colírio à base de riboflavina (vitamina B2). Em seguida, há também a aplicação de um laser. É a união da vitamina com o laser que fortalecerá a estrutura da córnea.
Vale saber que, antes da cirurgia, o paciente recebe anestesia tópica (colírio).
A recuperação do crosslinking requer acompanhamento médico e diminuição na intensidade de atividades nos dias posteriores ao procedimento. Além disso, é fundamental seguir as orientações do oftalmologista para que o pós-operatório seja satisfatório.
Qual o melhor tratamento para ceratocone?
Como dito anteriormente, o ceratocone não tem cura. No entanto, existem tratamentos que permitem que o paciente tenha uma boa qualidade de visão por mais tempo.
Para isso, é de suma importância ter o tratamento adequado, de acordo com o estágio da doença.
Em casos iniciais, para retardar o desenvolvimento do ceratocone, as lentes podem suprir as necessidades do paciente.
Já se a doença ocular estiver em um estágio mais avançado, a cirurgia de crosslinking pode ser recomendada.
Sendo assim, é fundamental passar em consulta com um oftalmologista especialista para que ele defina, com o auxílio de exames, a conduta médica mais indicada.
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Onde buscar tratamento para ceratocone?
Os tratamentos do ceratocone podem ser cobertos por planos de saúde ou, ainda, realizados por meio do Sistema Único de Saúde, o SUS.
Uma alternativa para quem não tem plano de saúde ou não quer/pode ficar esperando na fila do SUS é a Central da Visão. Somos uma empresa que ajuda quem precisa operar ou tratar a visão a encontrar clínicas de excelência a preços mais acessíveis e condições facilitadas de pagamento.
Temos mais de 50 clínicas afiliadas em vários estados brasileiros. Dessa forma, auxiliamos pacientes que ficariam meses na fila do SUS a ter seu diagnóstico e tratamento o quanto antes.
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Importante!
Esse texto busca sensibilizar os pacientes a buscarem tratamento oftalmológico. Só o médico oftalmologista é capaz de diagnosticar e indicar os tratamentos e/ou cirurgias mais indicadas.
Texto revisado pela Dra. Bárbara Nazareth Parize Clemente, CRM SP: 169506, Título Especialista (RQE): 74181. Médica oftalmologista graduada pela Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde / PUC-SP, residência médica no Hospital de Olhos Aparecida, subespecialização pelo Instituto da Visão IPEPO.
Caso seja necessária alguma retificação desse conteúdo, por favor, entre em contato conosco pelo e-mail [email protected].