Economia do cuidado: reconhecendo o trabalho invisível

economia do cuidado: reconhecendo o trabalho invisível

No dia 8 de março, é comemorado em todo o mundo o Dia Internacional da Mulher. A data, oficializada na década de 1970 pela Organização das Nações Unidas (ONU), simboliza a luta das mulheres por seus direitos e igualdade de gênero.

Por maiores que tenham sido os avanços na sociedade quando se diz respeito à desigualdade e aos direitos das mulheres, ainda existe um percurso a se trilhar. A desigualdade, que, por vezes, é velada, ainda é presente no mundo corporativo – e por que não no ambiente domiciliar?

A jornada dupla na vida da mulher é uma realidade. Ao mesmo tempo em que exerce sua profissão, também tem deveres com sua casa, cônjuge, filhos, pais, parentes, amigos. Nisso, a jornada dupla se transforma em tripla, quádrupla e assim por diante.

O que muitas pessoas podem não saber é que esse trabalho não remunerado tem, sim, o seu valor. De acordo com um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), a realização de tarefas domésticas e de cuidados familiares, se fosse contabilizada, somaria 13% ao PIB brasileiro.

Dessas tarefas, 65% são realizadas por mulheres. Além disso, o estudo também aponta que as mulheres dedicam até 25 horas semanais em tais atividades domésticas, enquanto os homens ocupam apenas 11 horas.

Observando esses números, vemos que a economia do cuidado – termo que representa o conjunto de ações de cuidados domésticos, familiares e relacionados – é de extrema importância para a sociedade em geral, especialmente do ponto de vista econômico.

No entanto, há um ponto preocupante. Além do “trabalho invisível” não ser visto como deveria, tampouco valorizado e reconhecido, ele também é, muitas vezes, um agente de sobrecarga, sobretudo para a mulher, que é quem mais fica com tais responsabilidades.

Isso não significa que este trabalho não deve ser feito – como já dito, o cuidado doméstico e familiar é fundamental para o funcionamento de todas as engrenagens da sociedade. Porém, assim como o próprio trabalho remunerado, algumas vezes, a possibilidade das atividades se transformarem em um peso é real.

Nesse sentido, tanto a saúde física quanto a mental são afetadas. Em um trabalho doméstico, a mulher não apenas fica cansada ou com seus pés doendo, por exemplo, mas também sofre com dores nas costas, braços e pernas, dores de cabeça, entre outros incômodos. Já pelo lado emocional, o estresse e o esgotamento são possíveis consequências, assim como a ansiedade e a depressão.

Mais uma vez, a necessidade do trabalho de cuidado existe. Entretanto, a falta de equilíbrio, juntamente com outros fatores de pressão, torna maior a probabilidade de impactos negativos na saúde física e mental.

Parte dos pacientes que chegam à Central da Visão nos encontram graças a uma mulher, especialmente idosos que já sofrem consequências da catarata. São diversas filhas, esposas, netas, sobrinhas e até amigas que se responsabilizam pelo trabalho de cuidado a quem enfrenta dificuldades oftalmológicas.

Como empresa que atua pensando nos benefícios ambientais e sociais, nós entendemos a importância da economia do cuidado, e apoiamos a equidade de gênero no trabalho invisível. Para nós, o trabalho de cuidado não é invisível – pelo contrário, o valorizamos, apoiamos e incentivamos.

Além disso, aproximadamente 80% do nosso time é formado por mulheres, estas mães, filhas, netas, esposas, mulheres que entendem a necessidade do cuidado, e que, assim, cuidam e auxiliam detalhadamente cada paciente em sua jornada de saúde.

O slogan da Central da Visão é “A gente enxerga você”. Com este artigo, queremos dizer que enxergamos você, paciente que precisa operar a visão, e você, mulher que cuida de alguém que precisa operar a visão e depende de outros para encontrar a solução.

E você, já enxergou hoje a mulher, mãe, amiga, esposa, filha, nora, irmã, que ajuda a cuidar de você? Agradeça, demonstre seu carinho, mostre que você enxerga tudo de bom que ela faz a você!

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