Ceratocone pode cegar? Descubra agora

Além dos prejuízos à visão, será que o ceratocone também pode cegar o paciente? Saiba mais sobre os malefícios da doença e descubra se são definitivos.

Ceratocone pode cegar? Descubra agora

O ceratocone é uma das doenças que prejudicam os olhos e que exige tratamento médico. A condição age projetando para fora a parte central da córnea ocular, resultando em uma deformidade fina e semelhante a um cone.

A partir do desenvolvimento do ceratocone, o paciente pode ter vários prejuízos em sua visão. Não é possível enxergar corretamente, a visão fica embaçada e com pouca nitidez, e outros problemas oftalmológicos também podem se desenvolver.

Sabendo de tudo isso, será que o ceratocone pode atrapalhar tanto a ponto de chegar à cegueira? Descubra agora!

Afinal, o ceratocone pode cegar?

Felizmente, ainda que o ceratocone possa prejudicar muito a visão do paciente, ele não pode cegar de maneira definitiva. Assim como a catarata, os efeitos da doença acontecem na parte da frente do olho, não afetando o nervo óptico, que funciona como um “fio na tomada” até o cérebro.

Em um olho com ceratocone, a córnea, estrutura curva e transparente que fica na frente do olho, começa a se projetar para frente. Esse movimento faz com que a sua curvatura fique irregular, o que causa erros de refração, como o astigmatismo.

Sendo assim, é comum que os pacientes que têm a doença precisem de óculos para enxergar com nitidez.

No entanto, isso não é razão para se despreocupar. Ainda que o ceratocone não possa cegar, a qualidade de visão tende a cair muito com o tempo. Uma vez que a doença é progressiva, a nitidez vai se perdendo cada vez mais. Por isso, o ideal é buscar o tratamento adequado o quanto antes.

Quais os tratamentos para o ceratocone?

Os tratamentos para ceratocone variam entre os mais simples, como uso de óculos e lentes de contato, até métodos mais invasivos, como cirurgias. Saiba quais são eles e entenda os detalhes.

Lentes de contato

As lentes de contato para ceratocone, assim como lentes de contato convencionais, auxiliam o paciente a enxergar melhor.

No caso do ceratocone, as lentes são divididas entre rígidas e esclerais.

As rígidas gás permeáveis (RGP), por sua vez, são divididas em três tipos. A EGP Esférica normalmente é indicada para a doença no primeiro estágio, e tem uma curvatura interna uniforme, sem variações centrais ou laterais.

A RGP Asférica tem uma curvatura central maior, não muito diferente nas partes laterais. Já a RGP Dupla Face é feita com curvaturas bem acentuadas entre as dimensões centrais e as laterais, para melhorar o desempenho da córnea.

As lentes esclerais, por sua vez, são maiores do que as lentes rígidas, recobrindo uma parte maior do olho e não apenas a córnea. Quando há dificuldade de adaptação com as lentes rígidas, as esclerais podem ser indicadas.

Cirurgia de crosslinking

O crosslinking é um procedimento cirúrgico que fortalece a córnea, fragilizada pelo ceratocone.

A cirurgia começa com o paciente recebendo a anestesia tópica, em forma de colírios. Com ele preparado, o cirurgião faz uma pequena raspagem na córnea do paciente, e aplica um colírio à base de vitamina B2.

Em seguida, o profissional aplica feixes de laser. Isso junto à vitamina B2 faz com que a córnea fique mais resistente. Assim, ela consegue se manter mais estável em meio à progressão da doença, não se projetando tanto para frente.

Anel de Ferrara

O anel de Ferrara, ou anel intracorneano, é outro tipo de tratamento cirúrgico, que consiste no implante de anéis de acrílico nos olhos do paciente.

Normalmente, esse procedimento é indicado em casos moderados de ceratocone. O objetivo é corrigir o formato da córnea com os anéis, melhorando, também, a visão.

Para começar, o paciente recebe anestesia tópica, em forma de colírio. O implante é feito em poucos minutos, por meio de incisão no meio da córnea. Além disso, o anel não é colocado inteiro – antes, ele é dividido em dois, e cada metade fica de um lado córnea.

O anel tem o efeito de aplanação sobre a córnea. Ou seja, a estrutura ocular fica mais plana, semelhante à curvatura normal.

Transplante de córnea

O transplante de córnea costuma ser realizado em último caso, quando o resultado dos outros tratamentos não é o esperado.

Assim como o próprio nome diz, o procedimento consiste na substituição da córnea do paciente, ou apenas de parte da estrutura.

O transplante penetrante de córnea é quando toda a espessura da córnea é substituída. Já o transplante lamelar é quando a substituição é de apenas uma parte.

Ceratocone tem cura?

Assim como ele não pode cegar, o ceratocone também não tem cura. Nenhum tratamento pode fazer com que a córnea retroceda o quanto ela se projetou para frente.

Apesar disso, a condição ainda pode ser tratada e controlada, permitindo que o paciente mantenha uma boa qualidade de vida mesmo com a doença.

Por essa razão, o ideal é ter consultas regulares ao oftalmologista. Quanto antes o ceratocone for descoberto, mais cedo os tratamentos podem se iniciar.

Onde tratar o ceratocone?

Os tratamentos do ceratocone podem ser cobertos por planos de saúde ou, ainda, ser realizados por meio do Sistema Único de Saúde, o SUS.

Uma alternativa para quem não tem plano de saúde ou não quer/pode ficar esperando na fila do SUS é a Central da Visão. Somos uma empresa que ajuda quem precisa operar ou tratar a visão a encontrar clínicas de excelência a preços mais acessíveis e condições facilitadas de pagamento.

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Importante!

Esse texto busca sensibilizar os pacientes a buscarem tratamento oftalmológico. Só o médico oftalmologista é capaz de diagnosticar e indicar os tratamentos e/ou cirurgias mais indicadas.
Texto revisado pela Dra. Bárbara Nazareth Parize Clemente, CRM SP: 169506, Título Especialista (RQE): 74181. Médica oftalmologista graduada pela Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde / PUC-SP, residência médica no Hospital de Olhos Aparecida, subespecialização pelo Instituto da Visão IPEPO.
Caso seja necessária alguma retificação desse conteúdo, por favor, entre em contato conosco pelo e-mail [email protected].

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