A uveíte é uma inflamação ocular com diferentes causas e tratamentos. Saiba mais sobre a condição e seus sintomas!
A uveíte é uma inflamação ocular que atinge a úvea, parte do olho composta pelo corpo ciliar, a íris e a coroide. Ela pode ser uma sequela de doenças infecciosas, autoimunes ou secundárias, podendo afetar tanto a frente do olho, quanto o meio e o fundo.
A inflamação pode durar semanas, meses ou, ainda, anos, a depender do seu tipo e do seu foco principal.
A seguir, saiba mais sobre o que é uveíte, quais as principais causas e como é feito o tratamento.
O que é uveíte?
A uveíte é uma inflamação na úvea (também chamada de trato uveal), estrutura na parte da frente do olho, formada pela íris, o corpo ciliar e a coroide. Em alguns casos, a inflamação também pode chegar ao fundo do olho e envolver a retina e o nervo óptico.
É possível classificar a uveíte como anterior, intermediária e posterior, a depender de onde o problema acontece.
Quando afeta a frente da úvea, a uveíte é anterior. Quando afeta o meio do trato uveal, envolvendo, também, o humor aquoso, trata-se da intermediária. A uveíte posterior afeta a parte de trás da úvea e pode acometer a retina e a coroide.
Além disso, ela também pode afetar apenas um ou ambos os olhos.
Quais os sintomas?
Os sintomas da uveíte são muito semelhantes aos de outras condições oculares.
O paciente que tem a inflamação no olho pode ficar com o olho vermelho, mais sensível à luz, e também sentir dor.
Além disso, também é normal a vista ficar embaçada e ver pequenos pontos escuros que se movimentam – as chamadas moscas volantes.
Qual a causa da uveíte?
A uveíte pode ser causada por doenças infecciosas, doenças autoimunes e reumatológicas, e fatores secundários.
A seguir, veja quais são as principais condições que podem causar a inflamação ocular de acordo com o tipo da causa.
Doenças infecciosas
As doenças causadas por vírus são as causas mais comuns da uveíte. As principais são:
- Sífilis;
- Toxoplasmose;
- Tuberculose;
- Herpes;
- HIV;
- Zika Vírus;
- Leptospirose;
- Hanseníase;
- Citomegalovírus (CVM);
- HTLV (vírus linfotrópico da célula humana);
- Doença de Lyme (borreliose);
- Toxocaríase;
- DUSN (Neuroretinite unilateral subaguda difusa).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Uveítes, a toxoplasmose é a principal causa de uveíte posterior no Brasil e no mundo.
A doença pode ser adquirida via oral, pela ingestão de alimentos contaminados pelo protozoário Toxoplasma gondii, e não é contagiosa.
Os sintomas variam de acordo com o sistema imunológico do paciente. Assim, ela pode ser tanto assintomática como gerar sintomas mais graves, como a uveíte.
Doenças autoimunes e reumatológicas
As doenças autoimunes e reumatológicas são as causas mais comuns da uveíte anterior. Algumas das doenças que podem ser citadas aqui são:
- Lúpus;
- Esclerose múltipla;
- Sarcoidose;
- Espondilite anquilosante;
- Artrite idiopática juvenil;
- Distrofia de Fuchs;
- Doença de Behçet;
- Síndrome Posner-Schlossman;
- Artrite reumatoide;
- Doença de Eales;
- Síndrome de VKH.
Dentro do organismo, as células do corpo atacam os tecidos oculares, e acabam gerando a inflamação no olho.
Fatores secundários
Por fim, fatores secundários também podem ter a uveíte como uma das consequências. Alguns exemplos são:
- Medicamentos;
- Trauma;
- Linfoma;
- Metástases;
- Endoftalmite.
A uveíte também pode ter uma causa desconhecida. Neste caso, ela é classificada como uveíte idiopática.
Quais os tratamentos para uveíte?
O tratamento para a infecção na úvea depende da causa do problema.
Para a uveíte causada por infecções ou por doenças autoimunes, o próprio tratamento contra tais condições já pode ser suficiente. Assim, é controlando a situação primária que a condição ocular vai se estabilizando e melhorando.
Para isso, não apenas o acompanhamento junto a um oftalmologista é necessário, mas também, com um especialista na doença que originou a inflamação.
Já quando a uveíte tem sua causa desconhecida, o tratamento pode ser feito com colírios, aplicação de medicamentos no olho afetado ou, ainda, com administração de remédios via oral.
De qualquer modo, apenas um oftalmologista e/ou especialista na doença primária pode prescrever o tratamento mais adequado de acordo com cada quadro.
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