Assim como há diferentes condições oftalmológicas, há diferentes tipos de colírios. Veja quais são e entenda como eles podem ser úteis!
Em algumas lesões ou problemas nos olhos, ou ainda em alguns pós-operatórios, os profissionais oftalmologistas podem prescrever a aplicação de colírios. O que pede atenção é o fato de que existem diferentes tipos de colírios, com diferentes efeitos nos olhos.
Há colírios lubrificantes, que podem ser utilizados com certa frequência em situações mais simples, como olho seco; colírios anti-inflamatórios, indicados em casos de inflamações na região; colírios anestésicos, usados normalmente antes de exames e cirurgias, entre outros tipos.
É importante saber nem todos os colírios são iguais, exatamente para que não haja mau uso. Afinal, cada um possui uma função específica, e pode gerar problemas na visão do paciente caso o uso seja incorreto.
Neste artigo, saiba mais sobre os principais tipos de colírios e veja para que cada um deles serve.
Tipos de colírios
Assim como há medicamentos específicos para cada doença ou problema de saúde, os colírios também são diferentes e agem nos olhos de acordo com a necessidade.
Os colírios mais comuns são os lubrificantes, antialérgicos, antibióticos, anti-inflamatórios, vasoconstritores e anestésicos, além daqueles específicos para glaucoma. Abaixo, saiba mais sobre cada um deles.
1. Lubrificantes
Os colírios lubrificantes geralmente são recomendados quando os olhos estão secos, com ardor, vermelhidão, irritação ou coceira. Esses sintomas podem ser causados por uma série de fatores, como poluição, fumaça, poeira, produtos químicos, raios ultravioletas, calor, vento, ar condicionado, uso excessivo de telas, cosméticos, entre outros.
Esses colírios também são conhecidos como lágrimas artificiais, já que têm exatamente a função de lubrificar os olhos, limpando-os e deixando-os úmidos da forma adequada. Pacientes que têm a Síndrome do Olho Seco ou que usam lentes de contato costumam usar o medicamento com frequência.
Esse tipo de colírio não exige receita médica, o que permite que qualquer paciente compre. Apesar disso, a busca de orientação profissional não deve ficar de lado.
Isso porque o oftalmologista poderá examinar cuidadosamente seus olhos e ver se os colírios lubrificantes realmente são os mais indicados. Além disso, o paciente ainda pode ser alérgico a algum componente da fórmula do medicamento e acabar tendo reações alérgicas ou uma piora no ressecamento.
2. Antialérgicos
Os colírios alérgicos são usados para tratar e prevenir alergias e seus sintomas, como coceira, inchaço outras manifestações da irritação. Também são recomendados em casos de conjuntivite alérgica.
É importante que, para utilizar esse tipo de medicamento, o paciente consulte um oftalmologista. Só um profissional poderá identificar se o quadro realmente é alérgico e indicar a medicação adequada.
3. Antibióticos
Esse tipo de colírio trata infecções na região dos olhos, especialmente as causadas por bactérias, como a conjuntivite bacteriana. São importantes também para o alívio dos sintomas relacionados, como lacrimejamento, inchaço, pus e outros desconfortos.
Em algumas situações, esses colírios podem estar associados a anti-inflamatórios.
Vale saber que o uso incorreto do medicamento pode deixar a situação ainda mais delicada, ocasionando o aparecimento de úlceras na córnea ou o aumento da resistência das bactérias existentes, por exemplo.
Por isso, é de suma importância que haja prescrição médica e que se siga à risca todas as orientações profissionais.
4. Anti-inflamatórios
Os colírios anti-inflamatórios são indicados para o tratamento de inflamações oculares, como a conjuntivite ou a ceratite (que atinge a córnea), ou em períodos pós-cirúrgicos.
Para inflamações mais graves, a recomendação pode ser de medicamentos que contêm corticoides. Já em casos mais simples, o uso pode ser de colírios sem esse componente, de acordo com a prescrição médica.
Assim como os colírios antibióticos, o uso incorreto dos anti-inflamatórios também pode resultar em quadros mais sérios, como catarata ou glaucoma. Por isso, vale ressaltar a atenção durante o tratamento.
5. Vasoconstritores (descongestionantes)
Os colírios vasoconstritores ou descongestionantes são comuns para a diminuição da vermelhidão causada pelo vento, poluição, rinite e resfriados, água de mar ou piscina, entre outros fatores.
A sua função é contrair os vasos sanguíneos dos olhos, fazendo com que a vermelhidão passe de forma instantânea.
Embora esse tipo de colírio dispense prescrição médica para ser comprado, é necessário ter muito cuidado ao utilizá-lo. Uma das razões é porque seu uso exagerado pode deixar os olhos vermelhos de modo definitivo. Além disso, ainda há contraindicações, como para pacientes que usam antidepressivos ou que têm problemas cardíacos ou respiratórios.
Por essa razão, a consulta junto a um oftalmologista é fundamental, para ter as orientações adequadas e afastar os riscos de problemas oculares.
6. Anestésicos
Esse tipo de colírio é ideal para preparar o paciente que vai passar por exames ou cirurgias. Ele age aliviando a dor e, também, reduzindo a sensibilidade dos olhos, o que permite a manipulação sem desconforto.
Normalmente, são os próprios médicos que aplicam o medicamento nos olhos de seus pacientes quando necessário – medição da pressão ocular e retirada de corpos estranhos são alguns exemplos de situações.
Além disso, vale saber que os colírios anestésicos merecem atenção. Ao receber as gotinhas, é importante que não se coce o olho, que estará sem sensibilidade. Isso porque o movimento pode machucar a região ou até resultar em condições mais sérias, como lesões na córnea.
7. Para glaucoma
Finalizando a nossa lista, os colírios especiais para o tratamento de glaucoma agem diminuindo a pressão intraocular. Como a doença não tem cura e pode afetar a visão de forma irreversível, é essencial seguir as orientações passadas pelo oftalmologista.
Quando usar cada tipo de colírio?
Os diferentes tipos de colírios são específicos para cada situação, a depender da sua origem ou necessidade – inflamação, infecção, pré-operatório, entre outras.
Sendo assim, é fundamental ter a opinião de um profissional especialista, que identificará o seu quadro e fará a prescrição do colírio apropriado.
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Importante!
Esse texto busca sensibilizar os pacientes a buscarem tratamento oftalmológico. Só o médico oftalmologista é capaz de diagnosticar e indicar os tratamentos e/ou cirurgias mais indicadas.
Texto revisado pelo Dr. Mateus Lial Matuoka, CRM 163.329, Título Especialista (RQE) 73.992. Médico oftalmologista graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa, residência médica e especialização em cirurgia de catarata na Santa Casa de Misericórdia.
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