A catarata congênita afeta crianças, bebês e recém-nascidos, causando os mesmos sintomas da catarata senil. Entenda mais sobre a condição.
A catarata congênita é uma condição que afeta o cristalino do paciente, assim como a catarata senil, que dá em idosos. A diferença, no caso, é o público atingido. Esse tipo da doença acomete crianças, bebês e recém-nascidos.
Na prática, o problema faz com que o cristalino, que é a lente natural dos olhos, se opacifique. Em sua forma natural, a lente é transparente, permitindo que a luz que chega até os olhos, chegue também à retina e forme a imagem. Porém, quando opacificada, a luz tem dificuldades para chegar de forma plena até a retina, causando imagens distorcidas e visão turva.
Segundo informações do Ministério de Saúde, a catarata congênita, juntamente com o glaucoma congênito, são as principais causas da perda de visão em crianças. A boa notícia é que, no caso da catarata, a cegueira é reversível.
A seguir, saiba mais sobre a catarata congênita e entenda sobre as causas, sintomas e tratamento.
Clique aqui para agendar consulta para cirurgia de catarata congênita
O que é catarata congênita?
A catarata congênita é uma doença que afeta o cristalino, deixando-o opaco. De modo progressivo, essa opacidade vai tomando a lente natural do paciente, fazendo com que sua visão fique embaçada e reduzida.
Quando o tratamento não é realizado no momento adequado, a criança pode desenvolver um quadro grave de ambliopia (vista preguiçosa), devido à falta de estímulos oculares fundamentais durante a infância para a consolidação das vias neurais da visão.
A forma mais comum da catarata é a senil, que atinge pacientes de 50 anos ou mais. A catarata congênita, por sua vez, se manifesta no público infantil, podendo dar sinais desde o nascimento até a fase escolar (próximo dos 10 anos).
A catarata na criança pode ser classificada em congênita (quando está presente ao nascimento), infantil (que se desenvolve nos primeiros dois anos de vida) e juvenil (que se instala na primeira década de vida).
Quais os sintomas?
A catarata congênita normalmente apresenta alguns sinais. Assim, é importante que os pais e responsáveis pela criança estejam atentos a possíveis indicativos da doença e seus incômodos.
Em bebês, o principal sinal da catarata congênita é uma mancha branca no olho, assim como acontece, normalmente, em idosos. Porém, nem sempre essa mancha é visível a olho nu. Sendo assim, para identificá-la, é preciso apontar alguma luz para o olho da criança.
É por isso que é tão necessário fazer o exame do olhinho nas primeiras semanas de vida do bebê, e repeti-lo regularmente até os dois anos, aproximadamente, ou até a recomendação do oftalmologista pediatra.
O exame do olhinho (ou teste de reflexo vermelho) é uma avaliação simples, rápida e indolor, feita exatamente para detectar possíveis alterações nos olhos do recém-nascido. Isso é de suma importância para que o eventual tratamento seja precoce.
Para realizá-lo, o médico usa um aparelho chamado oftalmoscópio. Com ele, o profissional ilumina os olhos do bebê, vendo o reflexo da retina e a condição do cristalino. Caso note qualquer alteração, mesmo que mínima, ele já pode pedir exames complementares, a fim de se certificar do que pode estar acontecendo.
Normalmente, o reflexo deve ser vermelho. Se a cor for diferente, pode ser que haja alguma doença. Além da catarata congênita, outras condições que podem ser identificadas com esse exame são: glaucoma congênito, tumores, erros de refração, entre outras.
Outros sintomas que podem ser causado pela catarata congênita são os movimentos sem coordenação dos olhos, para direções variadas, e estrabismo.
Quais as causas da catarata congênita?
A catarata congênita pode ter diferentes causas. Uma das principais é a transferência da doença da mãe para o bebê durante a gestação.
Algumas doenças que podem ser contraídas nesse período e acabar gerando catarata no recém-nascido são:
- Rubéola
- Toxoplasmose
- Toxocaríase
- Citomegalovírus
- Varicela
- Sífilis
Além disso, a causa também pode ser hereditária por doenças genéticas ou cromossômicas (como Síndrome de Down), ou estar relacionada a distúrbios do metabolismo (como galactosemia ou deficiência de G6PD).
Ainda, a doença pode ser causada por traumas, medicamentos usados pela mãe na gestação, doenças inflamatórias ou infecciosas, sindrômicas e iatrogênicas.
Como tratar a catarata congênita?
O tratamento mais comum para a catarata congênita é a cirurgia, que deve ser feita preferencialmente o quanto antes. Dessa forma, a visão da criança não é tão prejudicada.
O procedimento cirúrgico não é muito diferente da cirurgia em casos de catarata senil ou de outros tipos. A criança recebe a anestesia geral e o cirurgião faz uma incisão milimétrica na periferia da córnea.
Por meio dessa incisão, o profissional insere uma sonda, e com ela, ele emulsifica (quebra e dilui) o cristalino, aspirando-o para fora.
Caso o pequeno paciente já tenha dois a três anos de vida ou mais, ele pode receber uma lente artificial intraocular, que vai ficar no lugar do cristalino. Porém, se a criança for mais nova, a nova lente pode não ser implantada – em vez disso, ela usa lentes de contato ou óculos para corrigir a visão até poder receber a lente intraocular.
Clique aqui para agendar consulta para cirurgia de catarata congênita
Precisa da cirurgia de catarata congênita?
A catarata congênita costuma ser diagnosticada logo nos primeiros dias de vida do bebê, por meio do exame do olhinho e de outros possíveis exames complementares. Apesar disso, a doença também pode se manifestar mais tarde, durante a infância ou até na adolescência.
Caso o seu bebê ou criança tenha o diagnóstico, o ideal é procurar um cirurgião oftalmologista especialista para ter as orientações necessárias e a indicação do procedimento cirúrgico.
Para isso, é fundamental escolher uma boa clínica e um bom profissional, a fim de ter o melhor atendimento possível. E, nessa etapa, você pode contar com a Central da Visão. Conosco, é possível encontrar clínicas com mais de 10 anos de experiência em vários estados do Brasil, e o melhor: a preços acessíveis.
Somos uma empresa de impacto social que possui parceria com diversas clínicas oftalmológicas em vários estados do país. Dessa forma, auxiliamos pacientes que ficariam meses na fila do SUS a ter seu diagnóstico e tratamento o quanto antes.
Para saber mais e agendar sua consulta, clique aqui!
Importante!
Esse texto busca sensibilizar os pacientes a buscarem tratamento oftalmológico. Só o médico oftalmologista é capaz de diagnosticar e indicar os tratamentos e/ou cirurgias mais indicadas.
Texto revisado pelo Dr. Mateus Lial Matuoka, CRM 163.329, Título Especialista (RQE) 73.992. Médico oftalmologista graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa, residência médica e especialização em cirurgia de catarata na Santa Casa de Misericórdia.
Caso seja necessária alguma retificação desse conteúdo, por favor, entre em contato conosco pelo e-mail [email protected].