Afinal, a catarata volta depois da cirurgia? Algumas pessoas podem ter visão embaçada mesmo depois de operarem. Veja o que acontece!
Uma das situações pela qual o paciente já operado da catarata pode passar é ter a vista embaçada novamente. A partir disso, é comum pensar se a catarata volta depois da cirurgia.
Na verdade, o acontece é outra coisa. Uma vez que a catarata é removida cirurgicamente, ela não pode voltar. No entanto, outra estrutura do olho pode causar o embaçamento da visão.
A seguir, entenda o que faz com que a vista de quem já operou volte a ficar embaçada e saiba como solucionar esse problema.
A catarata pode voltar depois da cirurgia?
Não, a catarata não volta depois da cirurgia.
No procedimento cirúrgico, o profissional responsável remove o cristalino, que é a lente natural dos olhos, e que é afetada pela catarata. Com o tempo, o envelhecimento natural faz com que essa lente se torne opaca, resultando em uma visão turva.
No lugar do cristalino opacificado, é implantada uma nova lente intraocular, transparente e artificial. Portanto, a catarata não pode voltar.
Apesar disso, alguns meses ou anos após a cirurgia, alguns pacientes podem se queixar de vista embaçada.
O que acontece, na verdade, é a opacificação da cápsula posterior do cristalino. Essa cápsula é a estrutura que abriga o cristalino antes de ser retirado, e que apoia a lente artificial implantada na cirurgia.
Com o tempo, a cápsula posterior pode se tornar opaca, afetando, mais uma vez, a visão do paciente. Porém, é importante ressaltar que isso não é um erro cirúrgico.
Como tratar a opacidade da cápsula posterior?
O procedimento para tratar a opacidade da cápsula posterior é ainda mais simples do que a cirurgia de catarata. A capsulotomia YAG laser normalmente é feita no próprio consultório oftalmológico e leva poucos minutos.
A capsulotomia também é chamada de limpeza de lente por alguns pacientes. Isso porque é comum o pensamento de que a lente implantada está suja ou até com catarata.
No consultório, o médico faz a dilatação da pupila do paciente com um colírio, e também aplica um colírio anestésico. Isso garante que ele não sinta dor durante o procedimento.
Em seguida, o paciente se senta em frente ao aparelho, e apoia seu queixo e testa nos lugares indicados. Assim, o médico faz alguns disparos de laser (o YAG laser), que vão abrir (quebrar) a cápsula posterior.
Com a estrutura aberta, os raios luminosos, que antes tinham dificuldades para chegar à retina, poderão chegar ao fundo do olho sem problemas. Dessa forma, a imagem formada será nítida.
Qual o tempo de repouso após a capsulotomia?
Após passar pela capsulotomia Yag laser, o paciente volta a enxergar bem em pouco tempo. Também não há necessidade de ficar em repouso após o procedimento – é possível retornar às atividades rotineiras logo.
Porém, como há a dilatação da pupila, é provável que a vista fique embaçada por algumas horas. Da mesma forma, a luz do laser aplicado também pode afetar um pouco a visão nas primeiras horas.
Apesar disso, a recuperação é bem rápida, não levando mais do que um dia, em geral.
De qualquer modo, é importante seguir corretamente as orientações do médico oftalmologista. O profissional pode prescrever colírios, especialmente para pacientes com predisposição a outras doenças, como o glaucoma.
Onde fazer a limpeza da lente?
A capsulotomia é feita em consultórios oftalmológicos, a partir da avaliação e indicação de um médico especialista.
O procedimento pode ser feito pelo SUS, e também pode ser coberto por planos de saúde.
Uma alternativa para pacientes que não têm plano de saúde e que não podem aguardar na fila do SUS é fazer em clínicas particulares. E na Central da Visão, você pode fazer isso a preços mais acessíveis.
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Importante!
Esse texto busca sensibilizar os pacientes a buscarem tratamento oftalmológico. Só o médico oftalmologista é capaz de diagnosticar e indicar os tratamentos e/ou cirurgias mais indicadas.
Texto revisado pelo oftalmologista especialista Dr. Daniel Medeiros de Mendonça, CRM 17580-PE. Médico formado em medicina pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), residência médica em oftalmologia pelo Instituto de Olhos do Recife (IOR/PE), título de Especialista em Oftalmologia pelo MEC/IOR, e fellowship em Cirurgia de Catarata.
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