Tudo o que você precisa saber sobre ambliopia

O olho preguiçoso pode ter diferentes causas. Entenda o que é a ambliopia, quais os seus sintomas e possíveis tratamentos. 

Tudo o que você precisa saber sobre ambliopia

A ambliopia é uma condição ocular muito comum no Brasil, especialmente entre as crianças. Conhecido também como “olho preguiçoso”, o distúrbio normalmente se desenvolve antes dos dois anos de idade, mas também pode afetar crianças de até oito anos.

A condição consiste em uma capacidade reduzida de visão em um dos olhos, o que tende a resultar em determinados comportamentos. É normal, por exemplo, que o olho afetado aponte para uma direção diferente da do outro olho.

Neste artigo, saiba mais sobre a ambliopia e conheça as suas causas, sintomas e tratamento.

Ambliopia: o que é?

A ambliopia é um tipo de deficiência visual em que um dos olhos tem sua capacidade de enxergar menor do que a do outro olho.

O olho afetado pela ambliopia não se desenvolve corretamente, o que acaba comprometendo a sua visão.

No organismo, o cérebro recebe os estímulos luminosos que chegam aos olhos e os transforma em imagem. Na ambliopia, o cérebro recebe duas imagens diferentes – com qualidades diferentes – e tende a favorecer a de melhor qualidade, ignorando a outra.

Dessa forma, a visão do olho preguiçoso não se desenvolve, reduzindo a acuidade visual e podendo, inclusive, levar à cegueira monocular.

Vale saber que esse distúrbio pode afetar apenas um ou ambos os olhos.

O que causa a redução visual?

A ambliopia pode ser classificada em tipos diferentes, que variam de acordo com a causa do problema. Entenda.

Ambliopia por anisometropia (anisometrópica)

Este tipo do olho preguiçoso, também chamado de ambliopia por ametropia ou ambliopia refrativa, é causado pela diferença de grau entre os olhos. No caso, a diferença é considerável, o que faz com que o cérebro favoreça o olho que tem a melhor visão e acabe prejudicando o desenvolvimento do outro.

É possível que a criança tenha miopia, astigmatismo ou hipermetropia, em um ou nos dois olhos.

Ambliopia por estrabismo

A ambliopia por estrabismo acontece pelo desalinhamento ocular, causado pelo enrijecimento ou enfraquecimento dos músculos que controlam os movimentos dos olhos.

De modo semelhante ao tipo anterior, o cérebro não considera a imagem do olho que tem o desvio, reduzindo a sua acuidade visual.

Ambliopia por privação

Este tipo de ambliopia é causada por algo que bloqueia ou interfere na entrada da luz nos olhos, resultando na diminuição da visão.

Uma das situações que podem possibilitar esse bloqueio é a opacificação do cristalino – no caso, a catarata congênita. Quando o cristalino está nessa condição, a luz não consegue entrar do modo adequado no globo ocular, causando a diminuição da visão.

Da mesma forma, a córnea também pode ficar turva e reduzir ou distorcer a luminosidade que entra no globo ocular.

Outros exemplos de condições que geram a ambliopia por privação são o glaucoma, que afeta a visão periférica, e a ptose congênita (pálpebra caída).

Quais são os sintomas?

O paciente que sofre com a ambliopia, também chamado de amblíope, pode não perceber os sintomas, já que a visão de um dos olhos ainda é boa. No caso, a percepção pode acontecer só caso o olho bom seja coberto.

Além da visão reduzida, a percepção de profundidade pode ser imprecisa, e o paciente pode apertar os olhos com mais frequência, assim como inclinar a cabeça para um dos lados para tentar enxergar melhor.

Ambliopia tem cura? Quais os tratamentos?

Mesmo tendo os sintomas desapercebidos – em algumas situações -, a ambliopia pode levar à cegueira. Felizmente, a condição tem cura e pode ser facilmente tratada.

Ao examinar os olhos do paciente e chegar ao diagnóstico correto, o oftalmologista pode prescrever o tratamento mais adequado.

É comum que, inicialmente, seja indicado o uso de óculos de grau ou lentes de contato para corrigir os possíveis erros de refração. Além disso, caso haja outro problema que possa prejudicar a entrada de luz nos olhos, ele também será tratado – como a catarata.

Depois, pode ser recomendado o uso de tapa-olho. Neste tipo de tratamento, o olho bom fica coberto e só o olho mais fraco é usado. Dessa forma, ele é estimulado e tende a se desenvolver mais, ficando mais forte.

Caso o olho preguiçoso seja um sintoma do estrabismo, o uso do tampão pode ser o primeiro tratamento recomendado. Já se ele não for o suficiente, a cirurgia de estrabismo é uma opção.

É importante ressaltar o quão necessária é a atenção dos pais e responsáveis para o diagnóstico da ambliopia. Muitas vezes, a dificuldade visual não é notada ou, quando notada, não é manifestada pela criança.

Quanto mais cedo o distúrbio for identificado, mais cedo ele pode ser tratado, sem chegar a estágios mais avançados.

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